đŸœïž Geladeira mais vazia, bolso mais apertado: inflação faz brasileiro cortar atĂ© o bĂĄsico

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Pesquisa Datafolha revela que maioria da população reduziu compra de comida; governo Lula é apontado como responsåvel pelo aumento dos preços

A inflação voltou a dar as cartas no dia a dia dos brasileiros — e a conta estĂĄ pesada demais para quem vive com pouco. Uma pesquisa do Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (14), mostra que 58% dos brasileiros tiveram que comprar menos alimentos nos Ășltimos meses por causa do aumento dos preços. Entre os mais pobres, o impacto Ă© ainda mais brutal: 67% daqueles que ganham atĂ© dois salĂĄrios mĂ­nimos dizem que precisaram reduzir as compras no supermercado.

A alta no custo de vida estĂĄ mudando o comportamento de oito em cada dez pessoas no paĂ­s. Comer fora virou luxo para 61% dos entrevistados. Metade trocou o cafĂ© tradicional por marcas mais baratas, e quase metade tambĂ©m diminuiu o consumo da bebida. Em um dado que escancara a crise, 25% dos brasileiros dizem que hoje tĂȘm menos comida do que o necessĂĄrio dentro de casa.

O improviso virou regra
Na tentativa de equilibrar o orçamento, a maioria dos brasileiros passou a economizar até onde não dava pra cortar: 50% reduziram o uso de ågua, luz e gås, e 47% buscaram uma renda extra. Os remédios também entraram na lista dos sacrifícios: 36% tiveram que comprar menos medicamentos. Outros 32% atrasaram pagamentos de dívidas e 26% deixaram de pagar contas båsicas, como aluguel ou luz.

Governo no centro da bronca
A percepção sobre a economia tambĂ©m desandou. Hoje, 55% dizem que a situação piorou nos Ășltimos meses, nĂșmero bem acima dos 45% registrados no fim de 2023. E, para mais da metade da população, o governo Lula tem responsabilidade direta nesse cenĂĄrio. 54% apontam “muita culpa” do presidente pela alta dos preços, enquanto 29% dizem que ele tem “alguma culpa”. SĂł 14% o isentam completamente.

Mesmo entre quem votou em Lula, 72% reconhecem algum grau de culpa pelo encarecimento dos alimentos. JĂĄ entre os eleitores de possĂ­veis adversĂĄrios em 2026, como Romeu Zema (Novo) e TarcĂ­sio de Freitas (Republicanos), esse Ă­ndice chega a 78% e 77%, respectivamente.

Inflação com mĂșltiplos culpados, mas foco no Planalto
Outros fatores também são apontados como responsåveis pela inflação: crise climåtica, conflitos internacionais e até os produtores rurais. Mas a divisão de responsabilidades muda conforme a renda. Os mais pobres culpam principalmente o governo (55%) e o agronegócio (54%). Jå entre os mais ricos, as guerras e a economia dos EUA ganham destaque.

Popularidade segue no vermelho
Apesar de uma leve melhora, a aprovação do governo Lula ainda estå longe de ser satisfatória. Subiu de 24% para 29% entre dezembro e abril, mas a reprovação permanece em 38%. A alta dos preços, especialmente nos alimentos, continua sendo o principal calo no sapato do presidente.

Mesmo com medidas como a isenção de impostos de importação para tentar conter a inflação, os efeitos ainda não chegaram à mesa da população.

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