🎭 A revolução da arte seletiva: celebridades se mobilizam… por um agressor!

🎭 A revolução da arte seletiva: celebridades se mobilizam… por um agressor!

Enquanto Glauber Braga faz greve de fome no Conselho de Ética, artistas e religiosos promovem um espetáculo de apoio digno de tapete vermelho – só faltou o Oscar da incoerência.

Na nova novela da política brasileira, o protagonista é Glauber Braga (PSOL-RJ), um deputado que trocou o palanque pela barraca e agora acampa no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, em pleno jejum midiático – ou melhor, “greve de fome com isotônico”, segundo sua assessoria. Há mais de 30 horas se alimentando apenas de líquidos e hashtags, o deputado garante: “Não serei derrotado por Arthur Lira e pelo Orçamento Secreto”. A luta, claro, é nobre. A causa? A sua própria permanência no cargo, após ser acusado de agredir e expulsar um militante do MBL que, segundo ele, insultou sua mãe.

E como todo bom roteiro brasileiro precisa de estrelas, a ala artística resolveu brilhar. Marco Nanini, por exemplo, marcou presença na reunião do Conselho de Ética, com broches pró-Glauber no peito e palavras de apoio no script. “Achei isso aqui muito democrático”, disse o ator, ignorando convenientemente o detalhe da agressão em plenário. Afinal, se é por “um dos nossos”, vale tudo, até romantizar quebra de decoro como se fosse performance de protesto.

Como cereja no bolo da hipocrisia progressista, um vídeo cheio de artistas e militantes foi divulgado nas redes sociais pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), esposa de Glauber, denunciando a “perseguição absurda e injusta” contra o parlamentar. É a militância seletiva: o agressor da vez virou mártir – desde que vista a camisa certa.

Enquanto isso, um ato ecumênico (sim, teve até isso) foi realizado no local. Religiosos se juntaram à causa, orando para que o espírito da impunidade continue soprando forte no Congresso. Glauber, em jejum tático e estratégico, segue dizendo que tudo não passa de perseguição política orquestrada por Arthur Lira, com direito até a suposta “compra de parecer” em troca de emendas do Orçamento secreto.

Mas a cereja final vem na comparação que o próprio Glauber sugere: sua punição seria “desproporcional”, frente a outras barbaridades já cometidas na Casa. Um argumento clássico do “eu só fiz isso porque todo mundo faz pior” – digno de um adolescente pego colando na prova.

Agora, resta ao plenário decidir se o teatro continua ou se o espetáculo chega ao fim. Até lá, Glauber segue em seu palco improvisado, cercado de fãs, religiosos e artistas dispostos a tudo – menos a encarar a realidade com o mesmo fervor que encaram a lacração.

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