📢 Lula vai à TV no Dia do Trabalhador e anuncia mudanças no vale-refeição

📢 Lula vai à TV no Dia do Trabalhador e anuncia mudanças no vale-refeição

Presidente prepara pacote com medidas voltadas à valorização dos trabalhadores e tenta conter desgaste político

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu falar diretamente ao povo brasileiro na véspera do Dia do Trabalhador, nesta quarta-feira (30). Em pronunciamento gravado, ele vai apresentar uma série de ações voltadas aos trabalhadores, com destaque para mudanças no vale-refeição e vale-alimentação.

Entre as novidades está a redução do prazo para que restaurantes, bares e mercados recebam os valores pagos pelos cartões de benefício: o tempo de espera deve cair de 30 para apenas 2 dias. Também está sendo debatida a criação de um limite para as taxas cobradas pelas operadoras desses cartões, embora essa proposta ainda não tenha consenso dentro do governo.

A fala de Lula pretende marcar a data com anúncios positivos e dar uma resposta à recente crise envolvendo descontos indevidos nas aposentadorias do INSS. O governo corre contra o tempo para finalizar e divulgar as medidas antes do feriado, em um esforço para recuperar apoio popular.

No vídeo, Lula também destaca ações já em andamento, como a liberação de R$ 12 bilhões do FGTS para trabalhadores que optaram pelo saque-aniversário e foram demitidos. Esses poderão sacar até R$ 3 mil em março de 2025 e o restante em junho do mesmo ano.

Outros pontos da fala incluem a oferta de crédito consignado para empregados da iniciativa privada com juros mais baixos e o compromisso de elevar o salário mínimo gradualmente até atingir R$ 1.630 em 2026. Lula ainda deve reforçar o projeto que amplia a faixa de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, proposta que será compensada com tributação sobre rendas mais altas.

Apesar dos anúncios, Lula não participará presencialmente das celebrações do 1º de Maio, como fazia em outros anos. O governo alegou que, por conta da divisão entre os sindicatos — com eventos separados em Brasília e São Bernardo do Campo —, o presidente optou por não comparecer. Em 2024, ele chegou a criticar publicamente o ministro Márcio Macedo pela baixa adesão ao evento.

A estratégia agora é usar o alcance da TV e do rádio para entregar uma mensagem direta, tentando reverter o desgaste e mostrar que o governo ainda se preocupa com quem vive do próprio trabalho.

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