
🔴 Equador em Estado de Alerta: Governo denuncia plano de assassinato contra Noboa com envolvimento internacional
Movimentação de sicários vindos do México e outros países após reeleição do presidente acende sinal vermelho nas Forças Armadas. Autoridades ligam ameaça a facções criminosas e opositores políticos.
O governo do Equador declarou estar em “alerta máximo” após receber um relatório de inteligência que aponta para um plano de assassinato contra o presidente reeleito, Daniel Noboa. A denúncia, feita pelas próprias Forças Armadas, sugere que matadores de aluguel estariam se deslocando do México e de outras nações rumo ao país, com o objetivo de executar ataques de natureza terrorista contra o presidente e seus aliados mais próximos.
O documento, assinado pelo coronel Rolando Proaño e datado da última quinta-feira, foi vazado nas redes sociais e rapidamente ganhou repercussão. Segundo o relatório, a movimentação dos sicários teria começado logo após a vitória de Noboa no segundo turno das eleições, derrotando a candidata da esquerda, Luisa González — que, até agora, se recusa a aceitar o resultado das urnas.
Em resposta, o Ministério do Governo emitiu uma nota ainda na madrugada de sábado, condenando com veemência qualquer tentativa de atentar contra a vida do presidente e de servidores públicos. “Estamos tratando isso com a máxima seriedade”, afirmou a pasta, reforçando que o Estado está em alerta máximo e que todas as forças de segurança — incluindo Exército, Polícia Nacional e serviços de inteligência — estão atuando de forma coordenada para prevenir qualquer ação violenta.
Além do plano contra Noboa, o relatório militar também alerta para a possibilidade de ataques a infraestruturas essenciais como estradas, bancos e prédios públicos. Há, ainda, o temor de que protestos violentos possam eclodir em diferentes regiões do país.
O governo acusa “estruturas criminosas, com apoio de setores políticos derrotados nas urnas” de estarem por trás da suposta conspiração, embora não tenha revelado nomes ou provas concretas até o momento.
O clima diplomático também segue tenso. México e Colômbia, liderados por governos de esquerda, ainda não reconheceram oficialmente a reeleição de Noboa, levantando suspeitas de fraude que já foram descartadas por observadores da União Europeia e da OEA. A relação com o México piorou drasticamente desde o episódio da invasão da embaixada mexicana em Quito no ano passado, quando Noboa mandou capturar o ex-vice-presidente Jorge Glas, asilado no local.
Outrora conhecido como um reduto de paz na América Latina, o Equador vive hoje sob o espectro da violência — marcado por disputas territoriais entre cartéis de drogas e facções criminosas. Noboa declarou o país em “conflito armado interno” em 2024 e tenta, com pulso firme, reverter a crise com o apoio de aliados internacionais.