🚨 União Brasil fecha fileiras em defesa de Juscelino Filho após denúncia por corrupção

🚨 União Brasil fecha fileiras em defesa de Juscelino Filho após denúncia por corrupção

Mesmo denunciado pela PGR, ministro das Comunicações recebe apoio firme da bancada na Câmara e continua no cargo — por enquanto.

BRASÍLIA – A bancada do União Brasil na Câmara resolveu bater continência para o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, mesmo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncia contra ele por suspeitas graves de corrupção. O líder do partido na Casa, deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), saiu em sua defesa e disse que confia na inocência do correligionário.

Em nota divulgada nesta terça-feira, 8, o deputado declarou que a legenda “reafirma a confiança” em Juscelino e acredita que ele terá a oportunidade de se explicar no Supremo Tribunal Federal (STF), garantindo seu direito à defesa.

Pedro Lucas ainda elogiou a gestão de Juscelino à frente do Ministério das Comunicações, destacando projetos que, segundo ele, teriam ampliado o acesso digital e a conectividade em regiões remotas do Brasil. Para o líder, a atuação do ministro tem sido marcada por “responsabilidade e competência”.

A denúncia da PGR tem como base uma investigação da Polícia Federal iniciada após uma série de reportagens do Estadão. A PF acusa o ministro de integrar organização criminosa, além de praticar lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Os advogados do ministro rebateram as acusações e afirmaram que a denúncia “não implica em culpa”. Segundo eles, Juscelino apenas destinou emendas parlamentares para obras públicas, sem envolvimento direto em licitações ou execuções.

Essa não é a primeira vez que Juscelino enfrenta turbulências no cargo. Em fevereiro de 2023, ele foi alvo de críticas após usar uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a São Paulo participar de leilões de cavalos de raça — episódio que gerou um gasto de R$ 130 mil aos cofres públicos, de acordo com o Ministério da Defesa.

Apesar dos escândalos, o União Brasil, que também indicou Celso Sabino para o Ministério do Turismo, tem mantido Juscelino no cargo com respaldo da bancada. No entanto, aliados do presidente Lula consideram a permanência do ministro insustentável e apostam em sua saída como peça-chave para destravar a esperada reforma ministerial.

O próprio presidente já havia deixado claro no passado: se Juscelino fosse denunciado formalmente pela PGR, deveria ser afastado. “Se o procurador indiciar você, tem que mudar de posição”, disse Lula em entrevista ao UOL no ano passado. Agora, resta saber se a promessa será cumprida ou se a pressão política manterá Juscelino em pé, mesmo com o peso da acusação nas costas.

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