
🧂Greve de fome vira manobra? Militante do MBL critica trégua a Glauber Braga
Gabriel Costenaro, alvo de chute do deputado, ironiza “acordo” que congelou cassação no Congresso: “É só dormir no Salão Verde e pedir soro”
A novela envolvendo o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) e o militante do MBL, Gabriel Costenaro, ganhou mais um capítulo. Depois da polêmica greve de fome feita por Glauber, que durou oito dias e incluiu colchão no chão, isotônicos e vigília no Congresso, veio a crítica: Costenaro acusou o parlamentar de usar o jejum como artimanha política para postergar sua cassação.
Glauber responde a um processo disciplinar por ter chutado Costenaro em uma briga acalorada no ano passado, dentro da Câmara dos Deputados. A cena foi tão fora do tom que a polícia legislativa precisou intervir.
O processo parecia caminhar para o desfecho, mas parou quando o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu dar uma pausa de 60 dias no andamento da cassação — um respiro pedido por Glauber, que alegava falta de espaço para defesa enquanto jejuava no Anexo 2, acompanhado pela esposa e colega de bancada, Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Nas redes sociais, Costenaro não poupou palavras. Disse que a greve abriu um perigoso precedente no Congresso:
“Faz merda e quer adiar uma cassação? É só dormir no Salão Verde e falar que também fará uma greve de fome”, ironizou.
Em outra publicação, o militante chamou a encenação de “solução para inocentar um deputado que iniciou e provocou tudo que aconteceu”.
Enquanto Glauber segue com sua defesa e Costenaro protesta nas redes, o caso escancara mais uma vez o vale-tudo no teatro político de Brasília, onde até greve de fome pode virar moeda de negociação parlamentar.