🧨Brasil perto de bater recorde histórico ao torrar R$ 1 trilhão só com juros💸

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Alta da Selic engorda dívida pública e drena recursos que poderiam ir para saúde, educação e infraestrutura

A conta dos juros no Brasil está saindo mais cara do que nunca — e o país caminha para alcançar um marco alarmante: gastar R$ 1 trilhão apenas para manter a rolagem da dívida pública. Isso significa que, em vez de investir em escolas, hospitais ou transporte, o governo está queimando uma montanha de dinheiro só para pagar juros aos credores.

Esse rombo bilionário tem um nome e sobrenome: taxa Selic. Desde setembro do ano passado, ela saltou de 10,5% para os atuais 14,25% ao ano. E cada ponto percentual extra nessa taxa representa cerca de R$ 50 bilhões a mais na dívida. Só nos últimos meses, foram quase R$ 200 bilhões adicionados ao que já parecia impagável.

De acordo com o Banco Central, entre março de 2024 e fevereiro de 2025, o Brasil já desembolsou R$ 924 bilhões com juros — um salto de 23,5% em relação ao período anterior. E a expectativa é que esse número passe de R$ 1 trilhão ainda em 2025, caso o Copom insista em novas altas da Selic na próxima reunião, marcada para maio.

Selic alta trava o país e transfere renda aos mais ricos
Mauricio Weiss, professor da UFRGS, alerta: não adianta conter o déficit público se os juros continuam tão elevados. “A dívida cresce de qualquer forma”, diz ele. E isso tem efeitos diretos no cotidiano: o crédito fica mais caro, o consumo desacelera e investimentos são adiados.

Mas o impacto vai além da economia. A pressão política para cortar gastos públicos aumenta, o que ameaça programas sociais e obras de infraestrutura. E quem paga essa conta, mais uma vez, é a população mais pobre.

Enquanto isso, quem lucra com o cenário são os grandes investidores — justamente os maiores donos dos títulos da dívida pública. Em outras palavras, o governo está retirando dinheiro da base da pirâmide para encher ainda mais o topo.

Gastos com juros já equivalem a quase 8% do PIB
Essa drenagem de recursos também ganha proporção histórica: os gastos com juros já correspondem a 7,8% de tudo o que o país produz — o maior patamar desde as grandes crises de 2002 e 2015. A média histórica dessa relação é de 6%, o que mostra como o país está se distanciando de um equilíbrio sustentável.

Weslley Cantelmo, presidente do Instituto Economias e Planejamento, reforça que o problema não é a dívida em si, mas o destino do dinheiro: “Estamos gastando com juros sem investir no que realmente pode transformar o Brasil.”

No fim das contas, a Selic virou um monstro que engole orçamento, emperra a economia e perpetua desigualdades — e o pior é que, até agora, ninguém parece disposto a mudar esse rumo.

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