
⚖️ CBF em campo judicial: Ednaldo Rodrigues é afastado da presidência por suspeita de fraude em assinatura
Presidente da CBF cai novamente após Justiça questionar validade de documento que o sustentava no cargo; crise no comando do futebol brasileiro se arrasta desde 2017
Mais uma vez, a presidência da CBF vira palco de disputas judiciais. Nesta quinta-feira (15), Ednaldo Rodrigues foi oficialmente afastado do comando da entidade por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O motivo? A suspeita de que uma das assinaturas no acordo que garantiu sua permanência no cargo — a do Coronel Nunes — teria sido falsificada.
De acordo com o desembargador Gabriel Zéfiro, além da possibilidade de fraude documental, pesou também a incapacidade cognitiva de Nunes, que enfrenta problemas de saúde desde 2018. A assinatura dele era peça-chave em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público e a CBF, e que havia validado a eleição de Ednaldo.
Com a credibilidade do documento em xeque, a Justiça anulou o acordo e nomeou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes, como interventor, responsável por convocar novas eleições. É a segunda vez que Ednaldo é afastado do cargo por decisão judicial — a primeira ocorreu em 2023, mas ele havia retornado após intervenção do STF.
A novela, no entanto, é longa. Tudo começou em 2017, quando o Ministério Público passou a questionar as regras eleitorais da CBF. Desde então, a presidência da entidade virou alvo de batalhas judiciais, acordos desfeitos e reviravoltas políticas, com Ednaldo surgindo como o principal protagonista dessa turbulenta fase.
Apesar de ter sido eleito com ampla maioria em 2022 e reeleito neste ano com 137 dos 141 votos possíveis, Ednaldo vê sua permanência ruir diante da fragilidade dos alicerces jurídicos que o sustentavam.
Durante sua gestão, a Seleção Brasileira foi eliminada da Copa do Mundo nas quartas de final, não se classificou para as Olimpíadas de Paris e também caiu precocemente na Copa América. A Seleção Feminina, por outro lado, conquistou a prata olímpica.
Agora, com a cadeira da presidência novamente vaga e a credibilidade da CBF ainda mais desgastada, o futebol brasileiro segue em campo… mas sem técnico fora das quatro linhas.