⚖️ Chiquinho Brazão inicia prisão domiciliar após deixar penitenciária; ele é acusado de envolvimento na morte de Marielle Franco

Após um ano de prisão preventiva, deputado é liberado para cumprir pena em casa, mas enfrenta acusações graves e críticas à decisão judicial

No domingo, 13 de abril, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) começou a cumprir sua prisão domiciliar no Rio de Janeiro, um dia após ser transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, acatou um pedido da defesa, que alegava “risco elevado de morte” para o parlamentar, conhecido por sua acusação de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSol.

Brazão estava preso preventivamente desde março do ano passado, mas a solicitação para cumprir pena em casa foi aceita na última sexta-feira (11), embora tenha gerado controvérsia. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contra a medida, argumentando que a prisão domiciliar não era justificável, mas o STF manteve sua decisão.

A defesa do deputado argumenta que ele enfrenta problemas de saúde e está em estado clínico grave, o que aumenta o risco de morte súbita. Esses argumentos, no entanto, não apagam as graves acusações contra ele. Chiquinho Brazão é apontado como um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, que foi executada a tiros em 2018, junto com seu motorista, Anderson Gomes. O caso ainda segue em investigação, e, ao lado de Brazão, também são acusados de envolvimento seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.

Apesar de estar agora em prisão domiciliar, Chiquinho Brazão ainda enfrenta um longo caminho judicial, com seu mandato parlamentar ameaçado por um pedido de cassação que aguarda análise na Câmara dos Deputados há mais de 200 dias.