
🌡️ Alckmin culpa calor escaldante e seca severa por queda na popularidade de Lula
Vice diz que inflação dos alimentos, causada por clima extremo e alta do dólar, afetou diretamente a aprovação do president
O vice-presidente Geraldo Alckmin atribuiu a queda na popularidade de Lula não à política, mas ao céu — mais precisamente, ao calor sufocante e à seca que castigaram o país no segundo semestre do ano passado. Segundo ele, a inflação nos alimentos, provocada pelo clima adverso e pela alta do dólar, acabou afetando o bolso da população e, por consequência, a imagem do governo.
“Foi um calor infernal, uma seca brutal. Com a quebra de safra, os preços sobem. E o dólar, que chegou a R$ 6,20, encareceu tudo ainda mais”, justificou Alckmin em entrevista à Folha de Pernambuco. Ele, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, acredita que a situação pode melhorar com a previsão de uma safra recorde em 2025, o que ajudaria a aliviar a inflação.
Os números, no entanto, não são animadores: de acordo com a pesquisa Genial/Quaest, 56% dos entrevistados reprovam a gestão de Lula, contra 41% que ainda a aprovam. Em janeiro, a rejeição era de 49%, enquanto a aprovação estava em 47%.
Apesar disso, Alckmin mantém o tom otimista. Disse que Lula, com sua bagagem de três mandatos presidenciais, é o “favorito” para a reeleição em 2026. Sobre repetir a dobradinha como vice, preferiu o silêncio.
O vice também defendeu que o governo precisa ouvir as críticas com humildade e reconheceu que a inflação afeta com mais força os mais pobres, corroendo o salário e gerando insatisfação.
“Estamos tomando as medidas necessárias para retomar a confiança do povo”, disse Alckmin, apostando que o clima — e a popularidade de Lula — vão melhorar com o tempo.