
🎤 Nando Reis ou Militante de Palanque?Cantor usa palco para atacar adversários políticos e é aplaudido por plateia ideologizada em Porto Alegre
O que era para ser apenas mais um show de música se transformou em um verdadeiro comício de esquerda. Na noite deste domingo (6/4), em Porto Alegre, o cantor Nando Reis, ex-integrante da banda Titãs, deixou os acordes de lado para dar lugar ao grito de guerra “sem anistia” — ecoando o bordão mais popular entre os militantes lulistas que exigem punição seletiva para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
A atitude causou repúdio entre muitos brasileiros que esperam dos artistas algo além de discursos inflamados e alinhamentos ideológicos. Mas, diante de uma plateia estimada em 25 mil pessoas, majoritariamente simpática à militância petista, o gesto foi aplaudido como se fosse parte da atração.
Segundo relatos, o coro começou na plateia e ganhou força com o endosso do cantor, transformando o evento do programa Vivo Música em mais uma vitrine política travestida de arte. Entre uma música e outra, o discurso se alinhava com a narrativa da esquerda, que tem explorado o episódio de 8 de janeiro como arma de retaliação e silenciamento.
Vale lembrar que o Supremo Tribunal Federal (STF) já tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos nos protestos daquele dia, mesmo com inúmeras falhas no processo investigativo e denúncias de abusos por parte da própria Corte — o que torna ainda mais grave o uso partidário de artistas e meios culturais para reforçar uma agenda de perseguição política.
A apresentação também contou com outros nomes alinhados à esquerda, como Adriana Calcanhotto, e teve ingressos gratuitos, o que garantiu um público extenso e um ambiente propício para discursos de viés único. O tom político dominou até mesmo os clássicos, como “Marvin”, “Segundo Sol” e “Dois Rios”, que foram usados para embalar o público entre um bordão ideológico e outro.
Ao usar o microfone como instrumento de julgamento e a música como trilha sonora de militância, Nando Reis deixa de lado o papel de artista para vestir a camisa de paladino de uma narrativa que, cada vez mais, divide o país entre quem aplaude e quem lamenta.