💥 Calote com Selo OficialFuncionários dos Correios ficam sem atendimento médico após rombo milionário no plano de saúde da estatal

Mais uma vez, quem paga a conta é o trabalhador. Hospitais renomados como Rede D’Or, Unimed, Dasa, Kora e a Beneficência Portuguesa cruzaram os braços e suspenderam os atendimentos aos funcionários dos Correios. O motivo? Um calote pesado da Postal Saúde — plano de autogestão criado pela própria estatal — que está sem repassar pagamentos desde novembro de 2024.

A dívida já ultrapassa os R$ 400 milhões, deixando cerca de 200 mil pessoas — entre funcionários e dependentes — completamente desassistidas. Isso tudo em pleno colapso da saúde pública e com uma estatal que, até pouco tempo atrás, injetava R$ 170 milhões por mês na operadora. Agora, nem centavos pingam com regularidade.

O cenário é de desespero. Sem dinheiro no caixa, as transportadoras terceirizadas dos Correios também decidiram parar. São mais de 60 dias sem pagamento, com empresas recebendo merrecas de 1%, 5%, no máximo 10% dos valores devidos. E nada de explicação oficial. Silêncio completo por parte da direção dos Correios, como se tudo isso fosse apenas um pequeno contratempo burocrático.

Em discurso no Senado, o senador Marcos Pontes (PL-SP) não poupou palavras: “O que estamos vendo é a destruição de um serviço essencial. Os Correios estão calando os hospitais, parando as entregas e adoecendo os próprios funcionários”.

Para piorar, os números revelam um buraco ainda mais fundo. O déficit da estatal em 2023 foi de R$ 440 milhões. Já em 2024, esse rombo se transformou num abismo: R$ 3,2 bilhões, abocanhando metade de todo o prejuízo das estatais federais.

Enquanto isso, quem precisa de atendimento médico bate com a cara na porta. Quem depende das entregas, espera em vão. E quem trabalha nos bastidores, sente o peso da desvalorização e do descaso estatal.

Tudo isso com um silêncio ensurdecedor dos responsáveis. Nem um comunicado, nem um cronograma, nem um pedido de desculpas. Apenas a certeza de que, no Brasil, até o plano de saúde estatal virou mais um retrato da incompetência com carimbo oficial.

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