📢 Anistia em debate: Hugo Motta critica ataques ao STF, mas abre brecha para aliviar penas

📢 Anistia em debate: Hugo Motta critica ataques ao STF, mas abre brecha para aliviar penas

⚖️ Enquanto o povo clama por justiça, presidente da Câmara fala em “exagero” nas punições e sinaliza possível concessão a golpistas

Durante uma palestra em São Paulo nesta segunda-feira (7/4), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tentou equilibrar-se sobre o fio da navalha política que divide o país desde os atos golpistas de 8 de janeiro. Criticou os ataques ao STF feitos na manifestação bolsonarista realizada no domingo (6/4), mas ao mesmo tempo, defendeu revisar o que chamou de “exageros” nas penas aplicadas aos condenados.

Motta, pressionado por deputados aliados de Jair Bolsonaro e por governadores como Tarcísio de Freitas, que o procurou diretamente para defender a causa, afirmou que não se pode “alimentar ainda mais a crise institucional”. Para ele, o Brasil tem desafios mais urgentes do que ficar preso à pauta da anistia — embora reconheça que o tema está crescendo no Congresso com a força de um trator.

A fala revela uma tentativa de conciliação que soa, para muitos, como conivência. Afinal, como aliviar penas de quem tentou sabotar a democracia brasileira? Motta afirmou que é necessário ter “sensibilidade” com pessoas “simples” que estariam sendo punidas com rigidez, numa fala que parece minimizar a gravidade de participar de uma invasão a prédios públicos pedindo intervenção militar.

No mesmo evento, organizado pela Associação Comercial de SP, o deputado fez questão de pontuar que respeita todos os temas levados pelos partidos e que não cabe a ele “censurar pautas”, mesmo quando elas vêm acompanhadas de obstruções e chantagens políticas — como as promovidas pelo PL em favor da anistia.

Enquanto isso, nos bastidores, o governo de São Paulo e outros aliados pressionam pela tramitação da proposta que, para muitos, pode representar um salvo-conduto para quem rasgou a Constituição.

Motta também comentou, de forma lateral, assuntos como segurança pública, reforma política e até comparou os efeitos da nova política tarifária dos EUA ao impacto do 11 de setembro, numa analogia que chamou atenção, mas que pouco contribuiu para esclarecer seu posicionamento sobre os ataques de 8 de janeiro.

Ao fim da palestra, quando perguntado diretamente sobre o andamento da PEC da Anistia, preferiu o silêncio — o que para muitos, diz mais do que qualquer discurso. Afinal, quando o país mais precisa de firmeza na defesa da democracia, vacilar no essencial é dar espaço para o retorno do inaceitável.

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