
🔒 Da Faixa Presidencial às Grades: A Vergonhosa Lista dos Presidentes Brasileiros que Já Foram Presos
Collor se junta a Lula e Temer em um capÃtulo sombrio da polÃtica nacional. Prisões de ex-presidentes escancaram o rastro de corrupção que atravessa gerações.
Com a prisão de Fernando Collor de Mello nesta sexta-feira (25), o Brasil soma agora três presidentes detidos desde a redemocratização. Collor foi preso pela PolÃcia Federal em Maceió, nas primeiras horas da manhã, ao tentar embarcar para BrasÃlia. A detenção acontece após sua condenação a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes cometidos enquanto era senador, entre 2010 e 2014, no contexto da Operação Lava Jato.
Segundo a defesa, o ex-presidente se entregou voluntariamente. Ele foi levado para a sede da PolÃcia Federal em Maceió, onde segue custodiado.
Antes dele, o atual presidente Lula foi condenado em 2018 a 12 anos e um mês de prisão, também por corrupção e lavagem de dinheiro. Cumpriu 580 dias na carceragem da PF em Curitiba, até ser solto em novembro de 2019, quando o Supremo Tribunal Federal derrubou a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.
Michel Temer também foi parar atrás das grades. Em 2019, foi preso preventivamente sob acusação de envolvimento em esquemas de corrupção na construção da usina de Angra 3. No entanto, o caso não avançou: a Justiça Federal de BrasÃlia anulou as acusações por considerá-las vagas e sem provas suficientes.
Prisões presidenciais não são novidade
Apesar do impacto das prisões na era democrática, a história do Brasil já registrou episódios semelhantes. O marechal Hermes da Fonseca, que governou de 1910 a 1914, foi preso em 1922 por criticar a intervenção federal em Pernambuco.
Washington LuÃs foi o único presidente a ser detido durante o mandato. Em 1930, após seu candidato à sucessão, Júlio Prestes, vencer eleições questionadas por fraude, a Revolução de 1930 o derrubou do poder — e o levou direto para a prisão.
Também em tempos conturbados, Artur Bernardes foi preso em 1932 por apoiar o levante paulista. Passou dois meses detido até ser exilado em Portugal.
Nem Juscelino Kubitschek escapou da repressão: em 1968, já fora da presidência, foi preso pelo regime militar. Ficou 9 dias sob custódia em Niterói e depois foi mantido em prisão domiciliar por mais de um mês.
Se há algo que une diferentes épocas da história polÃtica brasileira, é o fato de que os escândalos — e a Justiça — não poupam nem aqueles que um dia ocuparam o cargo mais alto da República.