
🔥 Israel e Irã à beira do abismo: o que provocou o novo ataque?
De drones no céu a mercados em queda, entenda os cinco principais gatilhos por trás do maior confronto direto entre os dois países em décadas.
Por que Israel atacou o Irã? O que detonou o conflito em 5 pontos
Na noite da última quinta-feira (12), Israel deu início a uma ofensiva militar de grandes proporções contra o Irã, atingindo pontos estratégicos ligados ao programa nuclear e à elite militar iraniana. A operação, chamada Leão em Ascensão, envolveu cerca de 200 aeronaves e teve como alvos simultâneos instalações nucleares, bases das forças armadas e prédios do governo.
A resposta do Irã não demorou: mais de 100 drones foram lançados em retaliação contra Israel. Teerã ainda acusou os Estados Unidos de estarem por trás da ação. O episódio reacende o pavio da instabilidade no Oriente Médio e faz crescer o medo de um confronto regional ainda maior.
1. Uma ruptura com mais de 40 anos
A origem do conflito remonta a 1979, quando a Revolução Islâmica derrubou o xá Reza Pahlavi — aliado dos EUA — e levou o aiatolá Khomeini ao poder. Desde então, o Irã rompeu oficialmente relações com Israel, que passou a ser considerado um inimigo do novo regime.
Apesar disso, o relacionamento foi marcado por paradoxos. Durante a guerra Irã-Iraque (1980-88), Israel chegou a fornecer mísseis a Teerã, conforme revelado no escândalo Irangate — uma operação encoberta envolvendo a venda de armas americanas ao Irã em troca da libertação de reféns no Líbano.
2. A tensão deixou de ser indireta
Em abril do ano passado, pela primeira vez, os dois países trocaram ataques diretos — resposta do Irã a um bombardeio israelense contra sua embaixada na Síria. Meses depois, outro episódio acentuou o risco de uma guerra total. Esses confrontos se somam ao conflito entre Israel e o Hamas, iniciado em outubro de 2023, e revelam que a “guerra fria” travada por décadas entre Irã e Israel está esquentando.
3. O fator nuclear: um gatilho altamente inflamável
O programa nuclear iraniano segue como o principal ponto de atrito. O ataque israelense à instalação de Natanz — epicentro do enriquecimento de urânio no Irã — foi visto como uma tentativa de desmantelar a estrutura capaz de produzir armas nucleares.
Diante das suspeitas internacionais, o Irã anunciou a construção de uma terceira planta de enriquecimento, desafiando o Ocidente. Em resposta, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou uma resolução de censura — a primeira em duas décadas. O Irã rebateu com ameaças de abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear.
4. Velhos aliados, novas tensões
Embora os EUA neguem qualquer envolvimento na operação israelense, a retirada prévia de diplomatas e militares da região levanta suspeitas. O secretário de Estado americano reforçou que Washington não participou, mas deixou claro que Teerã não deve retaliar contra alvos americanos. Já Donald Trump foi direto: “O Irã não pode ter uma bomba nuclear”.
Do lado iraniano, a Rússia segue como um aliado influente, com presença militar na Síria e interesses estratégicos no Oriente Médio. Moscou expressou preocupação, mas tem evitado se comprometer diretamente com o conflito.
5. O mundo também sente o impacto
Com o risco de uma guerra mais ampla, o mercado financeiro foi sacudido. O preço do petróleo chegou a disparar 13% — um movimento que encarece combustíveis, pressiona a inflação e ameaça a recuperação econômica global.
Bolsas na Europa e nos EUA registraram quedas acentuadas. Por volta das 11h30 (horário de Brasília), os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq acumulavam perdas de até 1,6%.
Em resumo: o ataque de Israel ao Irã é resultado de décadas de desconfiança, provocações e jogos geopolíticos arriscados. Agora, o mundo inteiro prende a respiração diante do que pode ser o início de uma guerra de proporções imprevisíveis.