🔪 Soltos Mesmo Após Decapitação: Justiça Libera Trio Acusado de Assassinato Brutal em Fortaleza

🔪 Soltos Mesmo Após Decapitação: Justiça Libera Trio Acusado de Assassinato Brutal em Fortaleza

Decisão causou revolta: acusados de emboscar e decapitar mulher são liberados com tornozeleira, mesmo após crime cruel relacionado à guerra entre facções.

Três pessoas acusadas de um crime bárbaro — o assassinato e a decapitação de uma mulher em Fortaleza — foram colocadas em liberdade por decisão da Justiça. O entendimento do Juízo da 2ª Vara do Júri é de que os réus não representam risco à ordem pública, mesmo com a gravidade do crime que cometeram.

Os acusados, Yuri Marques Nogueira, Francisca Glaucimara Cardozo da Silva e Jadeline Silva, estavam presos preventivamente desde que foram apontados como responsáveis pela morte de Aurileide Gonçalves da Silva, conhecida como Neide. A mulher foi brutalmente assassinada em novembro de 2022, no Bairro Pirambu, e teve o corpo decapitado e abandonado na praia da Vila do Mar, em Fortaleza.

A decisão da soltura foi tomada em março deste ano, com base na alegação de que “não há elementos que demonstrem que eventual liberdade dos acusados causaria risco à ordem pública”. O trio, no entanto, não está completamente livre: medidas cautelares foram impostas, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de frequentar locais públicos e obrigação de comparecer mensalmente à Central de Alternativas Penais.

A vítima, segundo investigações, teria sido morta por envolvimento indireto com uma facção rival. Ela carregava no celular uma imagem de familiares fazendo gestos ligados à facção Guardiões do Estado (GDE). Isso foi o suficiente para que os assassinos — supostamente ligados ao Comando Vermelho — a acusassem de traição. Ela foi atraída até um local isolado por uma amiga, caiu numa emboscada e acabou morta de forma cruel.

Agora, enquanto o processo ainda está na fase de instrução — com testemunhas sendo ouvidas e provas reunidas —, os acusados aguardam em liberdade até que a Justiça decida se eles irão a júri popular. O Tribunal de Justiça do Ceará informou que qualquer descumprimento das medidas poderá levar à prisão preventiva novamente.

O caso levanta questionamentos sobre o peso das decisões judiciais em crimes de alta periculosidade. Afinal, se um crime dessa brutalidade não configura ameaça à ordem pública, o que mais seria?

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