🔻 Governo Lula enfrenta desgaste e cresce rejeição entre eleitores mais escolarizados e do Sul-Sudeste

🔻 Governo Lula enfrenta desgaste e cresce rejeição entre eleitores mais escolarizados e do Sul-Sudeste

Com 40,4% de avaliação negativa, Lula vê popularidade estagnada; expectativa de melhora no emprego segue baixa, e Tarcísio já empata com petista em cenário de 2º turno para 2026

A nova pesquisa CNT/MDA revelou que o governo Lula segue enfrentando altos índices de insatisfação entre os brasileiros. Em junho, 40,4% da população avaliou negativamente a gestão do petista — uma leve queda em relação aos 44% registrados em fevereiro, mas ainda expressiva. A aprovação ficou praticamente parada: oscilou de 28,7% para 28,6%. Já o grupo que considera o governo “regular” subiu de 26,3% para 29,6%.

Essas variações estão dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais. A pesquisa entrevistou presencialmente 2.002 pessoas, entre os dias 11 e 15 de junho, com um nível de confiança de 95%.

A avaliação negativa do governo é puxada sobretudo por quem tem maior grau de escolaridade e renda mais alta. Entre os que concluíram o ensino superior, mais da metade (53%) desaprova Lula, enquanto o apoio nessa faixa é de apenas 20%. Já entre os que têm só o ensino fundamental, 43% aprovam a gestão.

O contraste regional também chama atenção: o Nordeste ainda sustenta Lula com 41% de aprovação — sua melhor taxa —, mas no Sudeste, o apoio cai para 23%, e a rejeição sobe para 47%. No Sul, a avaliação negativa é de 41%.

Outro dado sensível para o Planalto é a desaprovação pessoal de Lula, que segue alta: 52,9% não aprovam seu desempenho individual, quase o mesmo patamar de fevereiro (55,3%).

Comparações com Bolsonaro e a decepção com promessas

A insatisfação com o atual governo é tamanha que 43% dos entrevistados afirmam que a gestão de Lula está pior do que a de Jair Bolsonaro. Os que consideram melhor caíram de 36% para 34%, enquanto 20% veem os dois como igualmente ruins ou bons.

As decisões presidenciais também são vistas com ceticismo: para 35,3%, a maioria delas é ruim. Apenas 24,5% enxergam mais acertos do que erros.

INSS, impostos e sensação de injustiça

O escândalo dos descontos ilegais no INSS manchou ainda mais a imagem do governo. Para 33,6% dos entrevistados, o Planalto lidou mal com o caso. Quando perguntados sobre os responsáveis, 25,5% culpam todos os envolvidos — inclusive o governo atual, sindicatos e a gestão anterior.

O aumento do IOF também pegou mal: 40,7% disseram ter tomado conhecimento da medida e consideram-na negativa. A maior parte da população sente no bolso o peso da carga tributária: 81,7% acreditam que pagam mais impostos do que deveriam, e 52,5% acham que os serviços públicos não retornam o valor arrecadado.

2026: Lula encurralado por Tarcísio e empate com Bolsonaro

Nas projeções para 2026, Lula aparece tecnicamente empatado com Jair Bolsonaro (31,1% contra 31,7%) no primeiro turno. No segundo turno, Bolsonaro vence por 43,9% a 41,4%.

Mesmo com Bolsonaro fora da disputa por estar inelegível, o governador Tarcísio de Freitas surge como um adversário forte. Num eventual 2º turno, ele aparece com 40,4% contra 41,1% de Lula — outro empate técnico.

Em cenários com Ciro Gomes, Michelle Bolsonaro e Fernando Haddad, o eleitorado se divide ainda mais, evidenciando um país politicamente fragmentado e desconfiado dos principais nomes.

Na pesquisa espontânea, Lula lidera com 22,5%, mas Bolsonaro aparece colado, com 21,3%. Tarcísio ainda é pouco citado (2,1%), mas já começa a aparecer como alternativa viável.

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