17 ministros de Lula acumulam salários em conselhos

17 ministros de Lula acumulam salários em conselhos


Quase metade dos 38 ministros do governo Lula (PT) ocupam cargos em conselhos de empresas e fundações, acumulando salários extras. A maioria desses ministros é filiada ou tem alguma ligação com o PT.

De acordo com informações, pelo menos 17 ministros (45% do total) desempenham funções em conselhos administrativos ou fiscais de empresas e fundações privadas e públicas. Essa prática consiste em garantir posições em conselhos de empresas ou fundações, mistas ou públicas, o que proporciona salários adicionais. As reuniões desses conselhos ocorrem mensalmente e contribuem significativamente para os ganhos dos membros.

Alguns exemplos de ministros que acumulam cargos em conselhos são:

  • Alexandre Padilha (PT), Secretaria de Relações Institucionais: Conselho Fiscal do Sesc
  • Alexandre Silveira (PSD), Minas e Energia: Conselho de Administração da Itaipu Binacional
  • Anielle Franco, Igualdade Racial: Conselho de Administração Tupy S.A.
  • Camilo Santana (PT), Educação: Conselho Fiscal do Senac
  • Carlos Lupi (PDT), Previdência Social: Conselho de Administração Tupy S.A.
  • Esther Dweck (PT), Gestão e Inovação: Conselho de Administração Itaipu Binacional
  • Fernando Haddad (PT), Fazenda: Conselho de Administração Itaipu Binacional
  • Jorge Messias, AGU: Conselho de Administração Brasilprev Seguros e Previdência S.A.
  • José Múcio, Defesa: Conselho de Administração Companhia Estadual de Gás

A remuneração varia conforme o conselho, com valores que chegam a R$36 mil. A prática de ministros ocuparem cargos em conselhos é adotada desde o regime militar, principalmente em instituições mistas, como Itaipu e Sesc.

Dos 17 ministros que atuam em conselhos, 12 são filiados ao PT, enquanto três são indicados que fazem parte da base governista e dois são do centrão. A indicação para os conselhos geralmente é feita pelo governo federal ou pelas pastas que os ministros comandam, seguindo a legislação vigente.

Essa prática é legal, conforme os requisitos e vedações estabelecidos na Lei das Estatais e no Decreto nº 8.945, de 2016, assinado pelo ex-presidente Michel Temer. A participação em conselhos administrativos ou fiscais permite que os ministros recebam ganhos extras, sendo uma prática que ocorre desde o regime militar.

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