Uma ex-aluna do professor e advogado Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, disse em entrevista ao Crônica que foi assediada sexualmente por ele em 2007, enquanto estudava Direito na Universidade São Judas, em São Paulo.
Almeida foi demitido do ministério no último dia 6, após a coluna revelar que o então ministro era alvo de denúncias de assédio sexual contra mulheres, inclusive a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A mulher, que pediu para não ser identificada por medo de retaliações, falou duas vezes na quinta-feira (12/9) em entrevistas gravadas.
O ex-diretor do ministério denuncia o assédio e as ameaças Silvio Almeida: órgão aciona a PF e pede proteção ao ex-diretor que denunciou assédio O professor que acusou Silvio Almeida: “Estou à disposição da justiça” O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, é acusado de assediar mulheres.
Entre eles, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco Segundo o ex-aluno entrevistado pela crônica, o episódio aconteceu no início do segundo semestre de 2007, durante um evento em São Judas. Segundo a reportagem, cerca de cinco alunos e uma professora presenciaram a cena. Reproduzir vídeos “Estávamos conversando quando ele [Silvio Almeida] chegou.
Não me senti muito confortável com a presença dele, então dei um passo para trás para evitar cumprimentá-lo. boca certo? Aí parei e parei, beijei o canto da boca, quase metade do lábio. Fiquei chocado e deixei o círculo de pessoas. Todo mundo seguiu em frente”, disse a mulher. A ex-aluna enviou à coluna fotos de duas conversas com um interlocutor, em dezembro de 2022 e janeiro de 2023, onde relata o episódio que diz ter vivido em 2007.
Para ela, Silvio Almeida se comportava como um “predador sexual”. “Ele é um predador sexual, você não precisa estar na aplicação da lei para saber disso.” 6 imagens Lula decidiu afastar Silvio Almeida após acusações de assédio sexual Silvio Almeida esteve no governo desde o início do terceiro mandato de Lula Silvio Almeida foi demitido na noite de sexta-feira (6/9) Ministro Sílvio Almeida Lula quer que uma mulher negra substitua Silvio Almeida Em 2006, um ano antes de o episódio ser narrado, Silvio Almeida era professor cursando Direito, na disciplina de Filosofia.
Naquela época, segundo a ex-aluna, ela e outros colegas já haviam percebido o comportamento inadequado de Almeida. “Ele tinha que olhar, mordendo os lábios quando olhava para nós. Ao nos abraçar, ele nos tocou um pouco embaixo do peito. Dezassete anos depois, a ex-aluna diz que ainda tem dificuldade em se lembrar dele, especialmente depois de terem sido reveladas alegações de assédio sexual por parte do ex-ministro dos Direitos Humanos. “Sinto nojo, nojo, me sinto violado. Não dei liberdade a ele, ele tocou meu corpo sem meu consentimento. Dói.
Cada vez que entro na internet [e leio outras denúncias], sinto como se tivesse sido beijada com força , puxou e ouviu tudo de novo. Para ele, uma potencial denúncia anônima contra um advogado ligado a grandes empresas significaria que a vítima nunca encontraria trabalho no mundo jurídico. No entanto, ele encorajou outras potenciais vítimas de assédio a irem a público. “Com a internet ficou mais fácil denunciar casos. Temos que falar abertamente para que isso não aconteça novamente”, afirmou o ex-aluno do São Judas. Contactado, Silvio Almeida não respondeu.
O espaço permanece aberto a possíveis manifestações. Procurada, a Universidade São Judas disse que está investigando o assunto e não recebeu denúncias contra Silvio Almeida, que deixou de trabalhar na universidade há cinco anos. Leia o comunicado completo da faculdade: “A Universidade São Judas reforça seu compromisso em criar um ambiente seguro, ético e respeitoso para todos os alunos e funcionários, rejeitando qualquer atitude que possa caracterizar vergonha, assédio ou violência. denúncia ou denúncia formal da mesma natureza das citadas, por meio de seus canais oficiais, portanto não temos conhecimento dos fatos. Porém, mesmo que ele não tenha mais relacionamento jurídico com o ex-professor há cinco anos, a instituição investiga o assunto. internamente e está à disposição das autoridades competentes para fornecer tudo o que for necessário para comprovar a veracidade dos factos. assédio sexual Sílvio Almeida Veja os comentários