5G em Todo o Brasil: Anatel Avança, Mas Infraestrutura Ainda Cambaleia

5G em Todo o Brasil: Anatel Avança, Mas Infraestrutura Ainda Cambaleia

Só 13,8% dos municípios estão prontos para a revolução tecnológica

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou a liberação total da faixa de 3,5 GHz para o 5G puro (Standalone) em todos os 5.570 municípios brasileiros. A medida representa um marco na expansão tecnológica do país, mas a realidade no terreno ainda é desafiadora: apenas 13,8% das cidades têm infraestrutura compatível para essa rede de última geração.

Descompasso entre liberação e infraestrutura

Apesar do esforço da Anatel em adiantar o cronograma de liberação, originalmente previsto para 2026, a preparação das operadoras não acompanhou o mesmo ritmo. Atualmente, apenas 773 municípios contam com antenas habilitadas para o 5G puro, sendo que mais da metade das 31.483 estações está concentrada no Sudeste. São Paulo lidera com 8.610 antenas, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

Outras regiões do país ainda enfrentam limitações graves. O estado com menor cobertura é Roraima, com apenas 119 estações operando na frequência de 3,5 GHz.

Uma promessa de longo prazo

As regras do leilão do 5G estipulam que as operadoras têm até 2029 para garantir a cobertura total nos municípios brasileiros. Contudo, o atual cenário reforça que essa meta está distante, especialmente em áreas menos favorecidas.

Ao incluir redes que utilizam faixas combinadas (NSA e SA), o alcance melhora, mas segue abaixo do esperado: 1.023 municípios atendidos, cobrindo apenas 18,36% do território.

Disputa entre operadoras

Entre as principais operadoras, a Vivo lidera a implementação de estações 5G (11.291), seguida pela TIM (10.349) e Claro (10.253). Regionais como Brisanet e Algar ainda possuem números modestos, mas indicam um movimento crescente.

Apesar das dificuldades, o 5G permanece como uma promessa de transformação digital para o Brasil, especialmente para reduzir desigualdades regionais e ampliar o acesso a serviços de alta qualidade. O desafio agora é equilibrar a velocidade da liberação com a ampliação da infraestrutura em um país de dimensões continentais.

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