8 De Janeiro: Moraes Vota Para Condenar Mais 6 Réus A Penas De 14 A 17 Anos

8 De Janeiro: Moraes Vota Para Condenar Mais 6 Réus A Penas De 14 A 17 Anos

O ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos relacionados aos eventos de 8 de janeiro, emitiu seu voto favorável à condenação de mais seis réus, com penas variando de 14 a 17 anos de prisão. O julgamento, realizado de forma virtual no Supremo Tribunal Federal (STF), começou em 6 de outubro e se estenderá até o dia 16.

Assim como em casos anteriores do incidente de 8 de janeiro, Moraes determinou o pagamento de R$ 30 milhões em danos morais coletivos causados pelos invasores. Esse montante será dividido entre todos os condenados, caso a decisão seja confirmada.

Os réus em questão são Edinéia Paes da Silva Santos, Marcelo Lopes do Carmo, Jaqueline Freitas Gimenez, Reginaldo Carlos, Jorge Ferreira e Claudio Augusto Felippe. Moraes votou pela condenação dos seis por crimes que incluem associação criminosa armada, ataque violento ao Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, danos qualificados e deterioração de patrimônio protegido.

Outro caso envolvendo Fátima Aparecida Pleti, de 62 anos, que estava pautado, foi retirado da análise nesta sessão virtual.

Aqui estão algumas informações sobre os novos seis réus acusados pelos eventos de 8 de janeiro:

  1. Reginaldo Carlos Begiato Garcia: Morador de Jaguariúna (SP), Garcia possui 55 anos. Sua defesa afirma que ele foi a Brasília para participar de uma manifestação pacífica e que não teve envolvimento em atividades ilícitas. Alegam ainda que não existem provas suficientes para sua condenação. O processo inclui arquivos de foto e vídeo criados por Garcia, mas nenhum deles confirma sua participação nos atos de vandalismo.
  2. Jorge Ferreira: Agricultor de Miracatu (SP), Ferreira tem 59 anos e trabalha como autônomo em plantação de bananas. Ele foi preso no interior do Palácio do Planalto e afirma ter ido a Brasília apenas para passear, não para participar da manifestação. Sua defesa argumenta que a denúncia é genérica e não especifica qual conduta criminosa Ferreira teria cometido.
  3. Claudio Augusto Felippe: Natural da capital paulista, Felippe, 59 anos, alegou no processo que foi sozinho a Brasília em um ônibus de linha e que não participou de atos violentos nem depredou prédios públicos. Ele afirmou ter entrado no Palácio do Planalto apenas para se abrigar de um “conflito violento” que estava ocorrendo do lado de fora. Sua defesa também questiona a falta de especificidade na acusação e a falta de provas. Felippe permanece detido.
  4. Jaqueline Freitas Gimenez: Residente de Juiz de Fora (MG), Jaqueline tem 40 anos. Ela afirmou ter chegado a Brasília em uma excursão no dia 6 de janeiro, mas não sabe quem organizou a viagem. Sua defesa alega que ela foi ao Palácio do Planalto, onde foi detida, para se manifestar de maneira pacífica em prol da democracia e em busca de mais transparência nas votações e segurança das urnas eletrônicas, conforme relatado pela CNN.
  5. Marcelo Lopes do Carmo: Morador de Aparecida de Goiânia (GO), Carmo tem 39 anos e afirmou que, quando chegou ao Planalto, os vidros já estavam quebrados e que não tinha a intenção de invadir o local. Sua defesa alegou que ele tentou persuadir os outros invasores a não quebrar as coisas, mas sem sucesso. Carmo permaneceu preso até 7 de agosto.
  6. Edineia Paes da Silva dos Santos: Moradora de Americana (SP), Edineia tem 38 anos e ficou acampada em frente ao quartel do Exército de Brasília. No dia 8 de janeiro, quando a invasão dos prédios da Praça dos Três Poderes começou, ela afirmou ter buscado abrigo das bombas nas proximidades do Palácio do Planalto. Edineia foi detida perto da rampa do Planalto e negou ter causado danos. Sua defesa argumentou que ela participava dos atos de forma pacífica em defesa da democracia. Ela permaneceu detida até 7 de agosto.
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