“A Crise da Telebras: Pedaladas Contábeis e Promessas Vazias” R$ 184 milhões para 2025
“Indícios de Improbidade Administrativa em Manobras Financeiras que Geram Um Rombo Bilionário”
Em um desdobramento alarmante, a Telebras admitiu em documento enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU) ter cometido uma manobra contábil irregular, conhecida como “pedalada”, que resultou em uma dívida de aproximadamente R$ 77 milhões. Segundo informações reveladas pelo portal UOL, a estatal projetou um déficit ainda mais preocupante de R$ 184 milhões para 2025, um aumento que pode superar o dobro do rombo previsto para este ano.
Essas manobras financeiras, amplamente consideradas ilegais pelo TCU, podem ser enquadradas como improbidade administrativa e crime de responsabilidade. A gravidade da situação não passou despercebida, levando parlamentares do Partido Novo, oposição ao governo Lula, a solicitar uma investigação sobre as práticas da Telebras. O ministro Antonio Anastasia, responsável pelo processo, requisitou explicações tanto da estatal quanto do Ministério das Comunicações, que supervisiona suas atividades.
A Telebras justificou suas ações ao admitir que utilizou uma ferramenta orçamentária chamada “Despesas de Exercícios Anteriores” (DEA) para adiar compromissos financeiros de 2023 para 2024. Embora a DEA seja um recurso legítimo em circunstâncias excepcionais, seu uso fora das diretrizes estabelecidas pela lei pode distorcer os resultados fiscais e agravar a situação financeira da União, comprometendo o planejamento governamental.
A troca de diretoria ocorrida no ano passado na Telebras, que agora opera sob o Ministério das Comunicações, levanta questionamentos sobre a responsabilidade política por esses desmandos. O ministério, sob a liderança de Juscelino Filho, alegou que reuniões foram realizadas para discutir a situação da empresa, mas a Fazenda se esquivou de qualquer responsabilidade sobre a administração orçamentária da estatal.
Durante uma visita ao Centro de Operações Espaciais Principal da Telebras, Lula se comprometeu a “recuperar” a empresa e, ao contrário do que ocorreu em governos anteriores, excluiu a estatal do rol de privatizações. No entanto, suas declarações evocam um ceticismo crescente diante da realidade financeira que a Telebras enfrenta. Lula se indigna ao recordar tentativas passadas de privatização da Petrobras, enfatizando que é fundamental que o governo mantenha o controle sobre empresas estratégicas para o Brasil.
“É inadmissível que um país com uma empresa desse porte considere sua privatização”, desabafa Lula, insistindo que a soberania nacional deve ser priorizada e que o Estado deve ter orgulho do que pode oferecer à sociedade. A indiferença em relação à gestão pública, somada a essas manobras contábeis, revela um cenário preocupante e um apelo urgente por responsabilidade e integridade nas finanças estatais.
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