A Energia Mais Cara no Fim do Túnel?

A Energia Mais Cara no Fim do Túnel?

Governo avalia repassar déficit milionário de Itaipu para a conta de luz do consumidor

O rombo de R$ 333 milhões nas contas da Itaipu Binacional em 2024 pode pesar no bolso dos brasileiros, com uma possível alta nas tarifas de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou o déficit e deu ao governo 45 dias para encontrar uma solução que evite novos custos para os consumidores.

Entre as propostas discutidas está a alteração no artigo 15 do Decreto nº 11.027/2022, criando uma “reserva de emergência” para cobrir déficits antes de distribuir bônus. Apesar disso, especialistas alertam que essa mudança pode acabar refletindo em contas de energia mais caras para os brasileiros.

Enquanto o governo defende o uso dos superávits de anos anteriores para mitigar o impacto, críticas sobre a gestão de recursos pela Itaipu Binacional ganham força. Desde 2023, verbas da empresa foram usadas para patrocínios e eventos polêmicos, como o “Janjapalooza” e debates em universidades, em vez de priorizar a estabilidade energética.

Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, alerta que o Brasil precisa rever gastos “paralelos” para evitar penalizar a população. Ele sugere reduzir o que chamou de “cashback” da Itaipu, valores que poderiam ser revertidos para a redução de custos ao consumidor em vez de serem direcionados a iniciativas externas.

Por enquanto, a Aneel prorrogou temporariamente a tarifa atual de repasse, mas um aumento significativo pode ser inevitável se uma solução não for encontrada. Mesmo com justificativas oficiais negando relação entre os déficits e os gastos socioambientais da Itaipu, o debate traz à tona a urgência de uma gestão mais transparente e eficiente.

Reflexão

Mais do que discutir números, é essencial que a administração pública priorize políticas que garantam um fornecimento de energia acessível e estável para todos. Afinal, quem paga a conta, literalmente, é sempre o consumidor.

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