A passeata mais recente de Guilherme Boulos foi marcada por manifestações em favor do comunismo, da legalização do aborto e das drogas, contando com o apoio e a presença de Lula

A passeata mais recente de Guilherme Boulos foi marcada por manifestações em favor do comunismo, da legalização do aborto e das drogas, contando com o apoio e a presença de Lula

No último sábado, 5 de outubro de 2024, uma carreata agitou as ruas de São Paulo, partindo da icônica Avenida Paulista com a presença do presidente Lula e do candidato à prefeitura, Guilherme Boulos, do PSOL. A manifestação seguiu em direção à Praça Roosevelt, passando pela famosa Rua Augusta.

No entanto, o evento não se resumiu apenas ao apoio político. Foi também um palco para defender pautas controversas e divisivas. Entre as bandeiras levantadas, estavam a defesa do comunismo, do aborto e da legalização das drogas – temas que provocam repúdio em boa parte da sociedade. A carreata reuniu uma multidão de apoiadores, muitos ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), grupos com forte conexão com Boulos.

A ex-prefeita Marta Suplicy, que agora concorre como vice de Boulos, também marcou presença, subindo no trio elétrico ao lado de outros líderes políticos. Marta, que já governou São Paulo entre 2001 e 2004, possui uma longa trajetória política, tendo ocupado cargos como senadora e ministra.

Durante o evento, foram distribuídos adesivos e materiais de campanha que deixavam claro o apoio às pautas defendidas. Elaine Do Quilombo Periférico, por exemplo, destacou-se ao distribuir adesivos que incentivavam a legalização da maconha. O PSTU, outro partido envolvido na manifestação, promoveu o slogan “decidir para não morrer”, em defesa do aborto legal e irrestrito.

Outro tema que ganhou destaque foi a crítica à militarização das escolas de São Paulo. O PCdoB e a União da Juventude Socialista se posicionaram de forma veemente contra a ideia de escolas cívico-militares, levantando o slogan “Escola não é quartel”, em mais uma tentativa de polarizar o debate educacional.

Com pautas que dividem profundamente a sociedade, como a defesa do comunismo e a legalização das drogas, o evento refletiu um cenário político conturbado. Nas pesquisas de intenção de voto, divulgadas na véspera pela Paraná Pesquisas, a disputa pela prefeitura de São Paulo mostra-se acirrada. Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, lidera com 26,8%, seguido de perto por Boulos com 26%, enquanto Pablo Marçal (PRTB) surge com 24,2%.

O clima de incerteza permanece forte, e com o segundo turno cada vez mais próximo, a polarização e a divisão de opiniões sobre esses temas polêmicos só devem aumentar. O futuro da cidade de São Paulo está em jogo, e o engajamento dos eleitores será crucial para decidir os rumos da maior metrópole do país.

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