A Revelação Escandalosa das Reuniões Secretas dos Irmãos Batista no Palácio do Planalto
É revoltante e no mínimo perturbador saber que os irmãos Joesley e Wesley Batista, controladores do grupo J&F, se encontraram com autoridades do governo brasileiro em segredo ao menos cinco vezes entre 2023 e 2024, antes da reunião formal com o presidente Lula em maio deste ano. As revelações, divulgadas pela Folha de S.Paulo, expõem um cenário de opacidade que faz qualquer um questionar a integridade e a transparência das práticas governamentais atuais.
De acordo com o jornal, quatro dessas visitas dos empresários ao Palácio do Planalto não foram registradas nas agendas oficiais, o que levanta sérias dúvidas sobre o que realmente se discutiu nessas reuniões ocultas. O governo petista, por sua vez, se esquiva da responsabilidade, afirmando desconhecer a natureza desses encontros, especialmente um em que Joesley compareceu sozinho.
Diante da falta de transparência, a reportagem da Folha teve que recorrer à Lei de Acesso à Informação para obter detalhes sobre essas reuniões. E a resposta não foi menos chocante: a Secretaria de Comunicação Social (Secom) revelou que o conselheiro de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, teve dois encontros com os irmãos Batista. Curiosamente, essas reuniões só apareceram nas agendas oficiais após os questionamentos da imprensa.
Mais alarmante ainda é que o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Marcus Cavalcanti, também se encontrou com os Batista em duas ocasiões fora da agenda, uma em 4 de outubro de 2023 e outra em 9 de janeiro de 2024. A Casa Civil justificou essas reuniões como apresentações da “carteira de investimentos” do grupo, mas se omitiu em fornecer detalhes sobre os negócios discutidos.
Essas revelações são um escândalo que mancha a credibilidade do governo Lula. A situação é ainda mais grave quando se considera que o governo tem favorecido os interesses dos irmãos Batista, como demonstrado pela revista Crusoé em sua reportagem “Um choque de anticapitalismo”. É inaceitável que, enquanto o governo afirma promover o bem-estar do povo, haja uma cortina de fumaça envolvendo reuniões secretas que podem estar ligadas a benefícios diretos para um grupo empresarial específico. O povo brasileiro merece respostas claras e uma investigação rigorosa sobre essas práticas encobertas.