Abin paralela: STF mantém prisão preventiva de suspeitos presos pela PF

Abin paralela: STF mantém prisão preventiva de suspeitos presos pela PF

Suspeitos detidos na última fase da operação que investiga o monitoramento ilegal de autoridades passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão preventiva das cinco pessoas detidas na última fase da operação que investiga o uso indevido de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem de autoridades durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Os detidos, que passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira (12), são:

  • Mateus de Carvalho Sposito (ex-assessor da Secretaria de Comunicação, a Secom);
  • Richards Dyer Pozzer (empresário);
  • Marcelo Araújo Bormevet (agente da Polícia Federal, a PF);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (militar do Exército);
  • Rogério Beraldo de Almeida (influenciador digital).

Na quinta-feira (11), a Polícia Federal cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, visando desmantelar uma organização criminosa responsável por monitorar ilegalmente desafetos de Bolsonaro e fabricar notícias falsas utilizando os sistemas da Abin.

Detalhes da Investigação

A “Abin paralela” teria espionado o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e membros da CPI da Pandemia no Senado, incluindo Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues, além de jornalistas e ministros do STF.

Durante a investigação, a PF identificou diálogos suspeitos, incluindo uma conversa em que um policial e um militar do Exército mencionaram que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, merecia um “head shot” (tiro na cabeça).

Os comentários foram feitos por Marcelo Araújo Bormevet, ex-chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN), e Giancarlo Gomes Rodrigues, subordinado de Bormevet na Abin. As declarações ocorreram após Moraes afastar um delegado da PF de uma investigação sobre um suposto ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Flávio Bolsonaro negou as acusações, afirmando ser “vítima de criminosos”, e que os sistemas da Abin não foram utilizados para beneficiá-lo. Jair Renan ainda não se pronunciou.

Defesa dos Acusados

A defesa de Richards Dyer Pozzer alegou que ele é um cidadão comum, que realizava pesquisas em portais de transparência sobre atividades de pessoas públicas, exercendo seu direito de cidadania.

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