“Acordo todo dia com medo da PF bater na porta”, diz Bolsonaro

“Acordo todo dia com medo da PF bater na porta”, diz Bolsonaro

Ex-presidente fala sobre indiciamentos, críticas à OMS e frustrações por investigações judiciais

Em entrevista ao canal Auriverde Brasil, Jair Bolsonaro (PL) revelou o peso emocional das investigações que enfrenta. “Como é que você acha que eu acordo todo dia? Com a sensação da Polícia Federal na porta. Qual acusação? Não interessa”, desabafou o ex-presidente.

Indiciamentos e acusações

Bolsonaro está no centro de três inquéritos investigativos, incluindo acusações de tentativa de golpe de Estado, falsificação de comprovantes de vacinação contra a Covid-19 e irregularidades envolvendo joias recebidas da Arábia Saudita. Em novembro de 2024, ele foi formalmente indiciado por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Críticas à OMS e defesa de Trump

Durante a conversa, Bolsonaro também elogiou a decisão do ex-presidente americano Donald Trump de retirar os EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele criticou a atuação da organização durante a pandemia de Covid-19 e acusou, sem apresentar provas, o diretor da OMS, Tedros Adhanom, de ter ligações com o Partido Comunista Chinês.

Além disso, o ex-presidente lamentou não ter participado da posse de Trump, em razão do bloqueio de seu passaporte pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes negou o pedido de liberação, considerando que o pleito servia apenas a interesses particulares.

Anistia aos presos de 8 de janeiro

Bolsonaro também expressou apoio à ideia de anistiar os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, comparando o cenário ao perdão concedido nos EUA aos participantes da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. “Espero que o Congresso entenda a importância de virar essa página”, afirmou.

Mesmo em meio às investigações, Bolsonaro reforçou que nunca pensou em deixar o Brasil definitivamente, mas que desejava participar de conversas internacionais para fortalecer seu discurso. “Eu queria estar nos Estados Unidos para dialogar com outros líderes. Nunca imaginei abandonar meu país”, concluiu.

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