
Adolescente brasileiro morre em meio a bombardeios de Israel contra Hezbollah no Líbano
É simplesmente revoltante que um adolescente de 15 anos, com sonhos, esperanças, e uma vida inteira pela frente, tenha sido arrancado da sua família e do mundo em meio a um bombardeio brutal. Ali Kamal Abdallah, um garoto brasileiro, morreu de maneira cruel e insensata no Vale do Bekaa, no Líbano, atingido por ataques aéreos israelenses, numa ofensiva que parece mais uma carnificina indiscriminada do que qualquer outra coisa. E o que dizer de seu pai, um paraguaio que também perdeu a vida no mesmo ataque? O simples fato de estarem ali, tentando apenas viver, torna isso ainda mais absurdo e doloroso.
O governo brasileiro, em uma nota que tenta parecer solidária, “reiterou sua condenação”, como se palavras pudessem trazer algum alívio à família destruída. É fácil falar em condenações enquanto vidas são ceifadas por bombas que caem em bairros civis. Onde estão as ações verdadeiras para parar essa escalada desumana de violência?
Esses bombardeios incessantes, que destroem casas, ruas e famílias inteiras, são apresentados como “preparação para uma ofensiva terrestre”. Isso soa como uma desculpa cínica para justificar uma campanha militar que não parece ter fim, enquanto milhares de pessoas fogem de suas casas, sem saber se terão um lugar seguro para ir. O que está acontecendo no Líbano não é apenas uma guerra entre Estados; é um massacre que atinge inocentes, que transforma a vida em morte sem aviso.
A morte de Ali, um menino com um futuro brilhante, nascido no Brasil e levado de volta ao Líbano por sua família para tentar uma vida melhor, simboliza o absurdo desse conflito. Quantas outras famílias, quantos outros jovens terão que perecer antes que as armas sejam finalmente silenciadas? E o que resta àqueles que perdem tudo?