Advogado de Cid diz que indiciamento é “ilegal e abusivo” e critica Moraes: “falsa democracia”

Advogado de Cid diz que indiciamento é “ilegal e abusivo” e critica Moraes: “falsa democracia”


Advogado de Mauro Cid critica indiciamento como “ilegal e abusivo” e ataca Moraes por “falsa democracia”

O advogado Cezar Bittencourt, responsável pela defesa do tenente-coronel Mauro Cid, expressou sua total insatisfação com o indiciamento de seu cliente ocorrido na terça-feira (19). Ele considerou o ato como sendo “ilegal e abusivo”, destacando que Cid estava colaborando com as autoridades, conforme um acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal no ano anterior. Esse acordo resultou na Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Apesar da cooperação, Mauro Cid, sua esposa e seu pai foram indiciados, junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 14 pessoas. Bittencourt alegou uma “quebra de acordo”, afirmando que o indiciamento não estava previsto no acordo de delação. Ele criticou o ato como sendo inadequado e impróprio, e declarou que vai questionar o delegado responsável pelo indiciamento.

O advogado também fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, responsabilizando-o pela situação e acusando-o de desrespeitar o acordo estabelecido. Ele afirmou que vivemos em uma “falsa democracia”, onde há desrespeito aos direitos dos cidadãos e suas defesas por parte do Poder Judiciário e, às vezes, da Polícia Federal.

Bittencourt destacou ainda que a adulteração do cartão de vacinação de Bolsonaro está intimamente ligada à investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. Ele argumentou que a inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde facilitaria a viagem do ex-presidente aos Estados Unidos. Segundo ele, Mauro Cid cumpria as ordens de Bolsonaro, incluindo a inserção desses dados falsos.

O indiciamento de Cid e outros está relacionado à investigação da Operação Tempus Veritatis, que envolveu ex-presidentes, ministros, militares e aliados, e cujos depoimentos foram recentemente tornados públicos por Moraes.

FONTE: Revista Oeste

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