Advogado tinha ligação com PCC, mas Adélio Bispo agiu sozinho em ataque a Bolsonaro, diz PF
Adélio Bispo deu uma facada no então candidato à presidência, Jair Bolsonaro, em 2018
A Polícia Federal concluiu nesta terça-feira (11) que o advogado de Adélio Bispo, o homem que esfaqueou Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018, tinha conexões com o PCC, a maior facção criminosa do Brasil. A conclusão veio após uma fase final da operação, que incluiu buscas e apreensões.
No entanto, a PF determinou que Adélio Bispo agiu sozinho no ataque a Bolsonaro em setembro de 2018, em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Essas informações foram apresentadas pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, durante uma coletiva de imprensa em Brasília.
“Recebemos uma denúncia sobre a possível ligação da facção com o advogado e o crime, e investigamos. A conclusão foi que não há relação”, declarou o diretor.
“Comprovamos, sim, a ligação desse advogado com o crime organizado, mas nenhuma ligação dele com a tentativa de homicídio do ex-presidente. Com isso, encerramos essa investigação. Apresentamos ao Poder Judiciário hoje um relatório sugerindo, em relação ao atentado, o arquivamento”, afirmou Rodrigues.
A imprensa havia divulgado em abril do ano passado que a defesa de Adélio Bispo estava sendo investigada. O advogado chegou a ser alvo de um mandado de busca e apreensão anteriormente. Agora, com análises e investigações aprofundadas, a PF considera o caso encerrado.
Na ação de hoje, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Pará de Minas, Lagoa Santa e São José da Lapa.
Além disso, foram executados mandados judiciais para lacrar e suspender as atividades de 24 estabelecimentos comerciais e indisponibilizar bens de 31 pessoas físicas e jurídicas, totalizando R$ 260 milhões.