Aeroporto de Roma: empresário que se envolveu em confusão com Moraes cobra imagens de câmeras de segurança
O empresário Roberto Mantovani Filho, envolvido em um incidente com o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto de Roma, na Itália, está solicitando o acesso às gravações das câmeras de segurança do local. A defesa, representada pelo advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho, ressalta que seu cliente ainda não teve acesso completo às imagens.
Alega-se que Moraes ofereceu a Roberto a possibilidade de visualizar as imagens, mas apenas em um local reservado. O empresário está impedido de fazer cópias das gravações e de divulgá-las publicamente.
Tórtima Filho está especificamente buscando acesso às imagens do posto policial do Aeroporto de Roma, para onde Giovanni Mantovani, filho do casal Roberto e Andreia, teria se dirigido após o incidente com Moraes.
De acordo com o advogado, um dos filhos do ministro, Alexandre Barci, teria ofendido Andreia. Ao ver Roberto tentar filmar a cena, Barci teria dado um tapa no braço do empresário.
Essa versão contradiz a apresentada pelo ministro do STF, que alegou ter sido alvo de insultos. Moraes também afirmou que seu filho sofreu agressões por parte do empresário.
As imagens das câmeras de segurança do aeroporto continuam sob sigilo por decisão do ministro Dias Toffoli. Ele argumenta que, como terceiros estão nas cenas, o conteúdo não pode ser divulgado. Essa decisão foi contrária ao pedido da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) para levantar o sigilo.
Luiz Fernando Pacheco, conselheiro seccional da OAB, invocou o Estatuto da Advocacia na tentativa de reverter a decisão de Toffoli. Em essência, o objetivo é garantir o direito de ampla defesa para os investigados, assim como o acesso aos autos do processo.
Para relembrar o caso, a confusão ocorreu em 14 de julho no Aeroporto Internacional de Roma. Moraes estava com sua família quando um grupo de três brasileiros se aproximou e começou a insultá-lo. Uma mulher identificada como Andreia teria chamado o ministro de “bandido, comunista e comprado”. Em seguida, outros indivíduos se juntaram aos supostos agressores, proferindo palavras ofensivas contra Moraes e sua família.