AGU cobra R$ 15 milhões de acusados por bomba no aeroporto de Brasília
A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com um pedido de indenização no montante de R$ 15 milhões contra os três indivíduos condenados por tentarem detonar uma bomba nas proximidades do Aeroporto de Brasília na véspera do Natal de 2022. O processo foi protocolado na Justiça Federal do Distrito Federal e visa compensar o “dano moral coletivo causado pela ofensa à democracia e à segurança aeroportuária”.
Os condenados em primeira instância foram Wellington Macedo de Souza (6 anos), George Washington de Oliveira Souza (9 anos e 4 meses) e Alan Diego dos Santos Rodrigues (5 anos e 4 meses), os quais atualmente cumprem pena no Complexo da Papuda. O advogado da União, Carlos Eduardo Dantas de Oliveira Lima, afirmou que “os graves fatos ocorridos no dia 24/12/2022 merecem exemplar punição pelo ordenamento jurídico, para que eventos semelhantes nunca mais voltem a acontecer”.
O pedido de indenização, elaborado pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), baseia-se nas provas dos processos contra os três e no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro, que solicitou o indiciamento dos réus por crimes como suposta associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de estado.
A AGU salientou que, além de colocarem em risco a vida, a integridade física e o patrimônio de terceiros na véspera de Natal, os três extremistas agiram com a intenção de provocar comoção social a ponto de desencadear a decretação de estado de sítio e intervenção militar. Isso visava impedir o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, de assumir o cargo, desafiando assim um valor fundamental da sociedade brasileira: a democracia.
