AGU pede remoção de post de Gustavo Gayer com montagem que associa Lula ao Hamas

AGU pede remoção de post de Gustavo Gayer com montagem que associa Lula ao Hamas

AGU diz que Gayer teve “clara intenção” de associar Lula “ao terrorismo, ao nazismo e a posições antissemitas”.| Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados..
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A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao X, antigo Twitter, a remoção de um post divulgado pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) em seu perfil com a montagem de uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na imagem, Lula aparece roupa militar, um fuzil nas mãos, usando uma bandana do grupo terrorista Hamas e com uma suástica nazista tatuada no rosto e exposta em uma braçadeira.

A publicação foi feita na noite desta quarta-feira (21) e aparecia com a legenda: “Atenção: Lula já mandou trocar a sua foto de presidente em todos os ministérios e estatais”. A AGU encaminhou uma notificação extrajudicial à plataforma pedindo a remoção imediata do conteúdo. No entanto, na tarde desta quinta (22), a publicação já não estava mais no ar na conta oficial do deputado.

A AGU afirmou, em nota, que “houve clara intenção do parlamentar em associar o presidente da República ao terrorismo, ao nazismo e a posições antissemitas”. O órgão disse ainda que a conduta de Gayer pode configurar difamação e indícios de calúnia. “A publicação feita pelo usuário ora denunciado [Gayer] é manifestamente criminosa, consistindo em discurso odioso e que, portanto, não pode permanecer sendo veiculado na plataforma, sendo imperiosa a sua remoção”, disse a AGU.

Lula vem sendo alvo de críticas após comparar a ação militar de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto. A declaração ocorreu no último final de semana. A oposição organiza um pedido de impeachment do presidente. Até o momento, 140 parlamentares assinaram o requerimento, que deve ser apresentado na segunda-feira (26).

Segundo a AGU, a notificação tem o propósito de preservar os metadados relacionados à publicação, como visualizações, curtidas, repostagens e alcance, para embasar eventual responsabilização do parlamentar pela “conduta criminosa nas esferas pertinentes”. O documento foi elaborado pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) após um pedido de providências feito pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).

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