Ala do STF e procuradores defendem saída de Moraes de relatoria sobre vazamentos de mensagens
Uma ala do Supremo Tribunal Federal (STF) e alguns membros da Procuradoria-Geral da República (PGR) defendem que o ministro Alexandre de Moraes deixe a relatoria do inquérito sobre o vazamento de mensagens trocadas entre servidores do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com uma fonte do STF, há duas possíveis saídas: Moraes deixar a relatoria ou conduzir o inquérito com maior discrição. Entretanto, essa opção é vista como improvável devido ao estilo de atuação de Moraes. O principal argumento é que ele é uma das vítimas do vazamento, o que poderia comprometer sua imparcialidade na condução da investigação. Além disso, há a possibilidade de que ele próprio seja investigado caso sejam encontradas irregularidades nas informações divulgadas pela Folha de S.Paulo.
A CNN também noticiou que esse inquérito tem gerado desconforto em parte do STF, principalmente por conta da exposição negativa do tribunal. Um ministro destacou, como exemplo, as críticas recebidas por Moraes no Congresso dos Estados Unidos devido à sua atuação em outros inquéritos.
Na PGR, alguns procuradores defendem que Moraes siga o exemplo de uma investigação anterior, quando ele se retirou de um inquérito que envolvia ofensas contra ele e sua família no aeroporto de Roma. No entanto, essa posição não é consenso. Uma fonte do STF declarou que não vê problemas em Moraes continuar à frente da investigação, argumentando que, nesta fase, a função do relator não interfere no andamento do caso, sendo o debate principal esperado para quando houver uma possível denúncia.