Alckmin chama Bolsonaro de “desocupado”, mas reforça que ele “não atrapalha governo”
O ministro e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, chamando-o de “desocupado”. No entanto, Alckmin afirmou que as declarações de Bolsonaro não chegam a atrapalhar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caracterizando a postura do ex-presidente como “descompromissada com as coisas”.
Em uma entrevista ao portal UOL, Alckmin também comentou sobre o cenário eleitoral em São Paulo, destacando a polarização entre Lula e Bolsonaro, representada pelos pré-candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Alckmin, que apoia a pré-candidatura da deputada federal Tabata Amaral (PSB) à Prefeitura de São Paulo, afirmou que a eleição é um confronto direto entre Lula e Bolsonaro.
Sobre a possível divisão das alianças no pleito, Alckmin relativizou o impacto dos fatores federais nas eleições municipais, destacando a importância das questões locais na tomada de decisão dos eleitores. Ele enfatizou a autonomia dos partidos para desenvolverem seus apoios e ressaltou a qualidade da pré-candidata Tabata Amaral.
Em relação às declarações do ministro Márcio França (PSB), que afirmou que o apoio de Lula confere a Boulos uma “vaga garantida” no segundo turno, Alckmin discordou, declarando que a eleição ainda não começou e que Boulos é o favorito, mas não está garantido.
Alckmin também elogiou a “empatia popular” de José Luiz Datena, apresentador de televisão, afirmando que ele é uma “grande liderança” e poderia agregar à chapa do PSB. No entanto, a decisão de Datena sobre ser vice ou não só será confirmada durante as convenções partidárias no meio do ano, de acordo com Alckmin e Tabata Amaral.