“Ambulâncias paradas: crise de combustível Prefeitura deixa São Paulo sem atender 150 emergências”

“Ambulâncias paradas: crise de combustível Prefeitura deixa São Paulo sem atender 150 emergências”

Falta de diesel interrompe serviço do Samu em plena emergência; Prefeitura afirma que problema foi resolvido

A capital paulista enfrentou um colapso no atendimento emergencial durante o último fim de semana. Pelo menos 150 ocorrências deixaram de ser atendidas pelo Samu devido à falta de combustível nas ambulâncias. A denúncia veio de motoristas do serviço, que relataram à Rádio Bandeirantes a interrupção causada por problemas no cartão de pagamento do abastecimento.

O impasse começou na sexta-feira (15/11), quando o sistema dos cartões utilizados para compra de diesel foi bloqueado. Sem alternativa, 17 ambulâncias ficaram paradas, com destaque para a zona leste, onde veículos se acumularam nas proximidades do Hospital Planalto e nas UPAs de Itaquera e Ermelino Matarazzo.

Gravações obtidas pela reportagem revelam motoristas comunicando a Central do Samu sobre a falta de combustível. Em uma das ligações, um motorista informou que teve que abandonar uma ocorrência porque o marcador de combustível entrou na reserva. Outros relatos confirmam que a ordem era parar os veículos antes que o tanque ficasse vazio.

Uma funcionária, que preferiu não se identificar, destacou o impacto direto nos chamados. “Se há uma prioridade, o chamado inicial é cancelado, mas a pessoa que estava esperando não sabe que a viatura não tem combustível para atendê-la.”

A Prefeitura de São Paulo, afirmou que o problema foi resolvido na segunda-feira (18/11). Segundo a Secretaria de Saúde, o serviço não foi interrompido oficialmente, apesar das denúncias e das gravações. A administração justificou o problema como um “erro operacional” junto à empresa responsável pelos cartões de abastecimento.

Ainda assim, motoristas relataram que a solução não foi completa: apenas 40 litros de diesel foram liberados por veículo, bem abaixo dos 56 litros recomendados para manter os tanques cheios e assegurar a resposta em emergências.

O episódio expõe uma falha grave na gestão de recursos que, no caso do Samu, pode literalmente custar vidas.

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