Amoêdo dá bronca em governadores por adesão a ato de Bolsonaro: “O Brasil precisa de oposição, não de bajuladores”

Amoêdo dá bronca em governadores por adesão a ato de Bolsonaro: “O Brasil precisa de oposição, não de bajuladores”

Ex-presidente do Novo desaprova presença de Tarcísio, Zema, Caiado e Ratinho Jr. em evento bolsonarista e pede mais compromisso com a democracia

O empresário e ex-presidente do partido Novo, João Amoêdo, usou as redes sociais neste domingo (6) para criticar abertamente a postura de quatro governadores que participaram de um ato ao lado de Jair Bolsonaro em São Paulo. Segundo ele, o Brasil precisa urgentemente de uma oposição séria, que respeite as instituições democráticas — e não de políticos que tratam o ex-presidente como um “salvador da pátria”.

A crítica de Amoêdo foi direcionada diretamente aos governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO) e Ratinho Jr. (PR). Para ele, a presença dessas autoridades em um evento com conotação eleitoral e recheado de discursos inflamados contra o sistema democrático é um péssimo sinal para o país.

“O Brasil precisa de uma oposição que respeite as regras do jogo, e não que fique em torno de personalidades messiânicas, que colocam os próprios interesses acima das instituições”, escreveu Amoêdo em seu perfil no X (antigo Twitter).

As declarações ocorreram logo após a divulgação de imagens e postagens dos próprios governadores, exaltando o ex-presidente Bolsonaro e reforçando a proximidade com seu projeto político. Para Amoêdo, esse tipo de comportamento fragiliza a construção de uma alternativa real e equilibrada no campo da direita, além de corroer os pilares democráticos.

Amoêdo, que foi uma das vozes mais enfáticas no combate aos extremos durante as eleições de 2018 e 2022, reforçou que a política brasileira precisa de lideranças que pensem no futuro do país, e não em alimentar cultos de personalidade ou reverências a figuras controversas. Ele tem se posicionado de forma constante contra a radicalização do debate político e as alianças feitas por conveniência.

Enquanto o ex-presidente Bolsonaro continua a atrair seguidores fiéis e tenta manter sua influência no cenário nacional, críticas como a de Amoêdo acendem um alerta sobre o risco de uma oposição que se rende a populismos em vez de construir caminhos mais sólidos e democráticos.

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