Anatel autorizou a concorrente da Starlink para operar no Brasil

Anatel autorizou a concorrente da Starlink para operar no Brasil

Anatel autorizou, no último dia 9 de setembro, a E-Space Africa, uma empresa franco-americana que oferece internet via satélite, a operar em solo brasileiro. A permissão não veio de graça: a companhia terá o direito de jogar no espaço até 8.640 satélites por cinco anos, o que, convenhamos, parece mais um cenário de ficção científica do que uma decisão que impacta a nossa internet. Já está tudo pronto, inclusive com uma sede em São Paulo, porque burocracia aqui nunca falta.

Essa E-Space chega ao Brasil como quem pisa no campo minado da concorrência, e a principal pedra no sapato deles tem nome e sobrenome: Elon Musk, o cara da Starlink, conhecido por brincar com foguetes e, mais recentemente, com o Judiciário brasileiro. Afinal, enquanto Musk se acha acima das leis daqui — o que não é surpresa para quem acompanhou a gestão do Twitter, ou melhor, do X —, sua empresa tem sofrido na mão dos tribunais por pura insubordinação. Parece que, para ele, leis são apenas sugestões.

Fundada por Greg Wyler, um empreendedor norte-americano que parece gostar de mirar nas estrelas e investir pesado em tecnologias para áreas remotas, a E-Space chega num momento interessante. Afinal, enquanto Musk desafia ordens judiciais e bate de frente com o Brasil, Wyler busca abrir espaço — literalmente — no nosso mercado. Não é apenas um embate de tecnologia, mas de soberania. Até onde as big techs podem ir sem esbarrar no nosso poder judiciário?

E, no fim das contas, enquanto satélites continuam a orbitar a Terra, aqui embaixo, seguimos assistindo esse circo de empresários bilionários que acham que podem fazer o que bem entendem, sem respeitar leis ou fronteiras.

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