
André Ventura interrompe campanha após mal-estar: líder da extrema direita portuguesa grava vídeo no leito
Após dois episódios de desmaio em atos públicos, candidato do Chega é hospitalizado e decide suspender atividades às vésperas da eleição
Às vésperas das eleições legislativas em Portugal, o líder do partido de extrema direita Chega, André Ventura, anunciou que vai interromper sua campanha após sofrer dois episódios de mal-estar em eventos públicos nesta semana. Em um vídeo gravado da cama, Ventura, visivelmente abatido, explicou que precisa cuidar da saúde antes de seguir adiante na disputa.
A decisão veio depois de dois sustos seguidos. Na quarta-feira (14), durante um comício em Tavira, no sul do país, Ventura levou a mão ao peito logo após beber água e precisou ser retirado do palco por seus assessores. Já na quinta-feira, em Odemira, ele teve um novo colapso, tentou soltar a gravata antes de desabar e foi amparado por sua equipe, que o levou imediatamente para atendimento médico.
O diagnóstico preliminar apontou espasmos no esôfago — um quadro que imita sintomas cardíacos. Segundo aliados próximos, os exames feitos na ambulância não revelaram alterações no coração. Ainda assim, o episódio foi suficiente para que o candidato repensasse sua presença nos atos de rua.
Ventura é o principal nome do Chega na disputa pelo cargo de primeiro-ministro, mas aparece em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. O partido vem ganhando força nos últimos anos com discursos nacionalistas e conservadores, se posicionando como alternativa à direita tradicional.
Portugal vai às urnas neste domingo (18) pela terceira vez em pouco mais de três anos, em meio a uma crise política que desgastou o governo anterior. A expectativa é de que a coligação da direita moderada, liderada por Luís Montenegro, saia vitoriosa, enquanto os socialistas devem perder espaço. Mesmo assim, o desempenho do Chega pode ser decisivo na formação do novo governo — com ou sem Ventura nas ruas.