Antes do enxoval de luxo, Lula criticou “ostentação da classe média”

Antes do enxoval de luxo, Lula criticou “ostentação da classe média”


O presidente Lula, antes de a Presidência planejar um gasto de R$ 89 mil em enxoval de luxo para as residências oficiais, criticou a “ostentação da classe média” brasileira durante uma palestra como pré-candidato à Presidência da República no ano passado. Ele mencionou o “padrão de vida acima do necessário” da classe média no Brasil e na América Latina, destacando a compra de itens de luxo, como barcos caros e casas grandes.

Lula observou que a classe média brasileira ostenta um padrão de vida que não é visto em outros lugares do mundo, incluindo a Europa, e enfatizou a importância de impor limites para evitar excessos. Ele comparou a situação da classe média com as condições de vida das pessoas mais pobres no Brasil, destacando a falta de espaço e recursos dessas pessoas.

As críticas de Lula foram trazidas à tona novamente após a divulgação da despesa de R$ 89 mil com o enxoval de luxo para as residências oficiais do presidente. O edital da licitação especifica a compra de itens como colchas, lençóis, fronhas, edredons, cobre-leitos, tapetes e roupões, com um padrão de “primeira linha, referência Zelo, MMartan, similar ou melhor qualidade”.

Diante da polêmica, o deputado Nikolas Ferreira solicitou uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a licitação. A Secretaria de Comunicação da Presidência justificou o gasto citando o “péssimo estado de conservação” dos itens antigos e afirmou que as novas aquisições integrarão o patrimônio da União, sendo utilizadas principalmente por hóspedes. Em comparação com o governo anterior, a Secom informou que os gastos com enxoval no governo Bolsonaro foram significativamente menores, totalizando R$ 46,6 mil.

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