Apesar da crise em Maceió, CPI da Braskem sofre resistência no Senado Federal
Apesar da crise em Maceió devido ao afundamento do solo causado pelas minas de sal-gema da Braskem, a CPI da Braskem enfrenta resistência no Senado Federal. O presidente em exercício da Casa, Rodrigo Cunha (Podemos), após se reunir com o prefeito de Maceió e o ministro do Turismo para discutir a situação, expressou ressalvas em relação às intenções do senador Renan Calheiros (MDB), autor do pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Rodrigo Cunha destacou que a CPI, proposta por Renan Calheiros, apresenta vícios intransponíveis, gerando dúvidas sobre o escopo da investigação e a imparcialidade do investigador. Apesar de reconhecer a necessidade de fiscalização, Cunha questionou a forma como a proposta foi apresentada, considerando-a viciada.
A CPI da Braskem possui todas as assinaturas necessárias desde 2019, mas a designação de representantes pelos líderes partidários ainda não ocorreu, atrasando o início do colegiado. Renan Calheiros cobrou a Braskem para que disponibilize todos os documentos sobre o afundamento do solo de forma espontânea. Ele ressaltou a importância da CPI para averiguar a responsabilidade jurídica nas reparações.
Além das preocupações com a crise em Maceió, destaca-se a questão do turismo na cidade. O ministro do Turismo, Celso Sabino, assegurou que a atividade turística não está sendo prejudicada pelos afundamentos, tranquilizando os visitantes em potencial. O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, busca medidas reparatórias e destaca a pressão por serviços públicos, infraestrutura e mudanças na dinâmica social da cidade.
A Braskem, em nota, confirmou o cancelamento de sua participação na COP-28, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em função da crise em Maceió.