Após revelações contra Moraes no TSE, deputados tentam aprovar CPI do Abuso de Autoridade

Após revelações contra Moraes no TSE, deputados tentam aprovar CPI do Abuso de Autoridade

Após as recentes revelações de que o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria solicitado a produção de relatórios de forma não oficial ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deputados estão se mobilizando para aprovar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Abuso de Autoridade. A proposta, originalmente protocolada pelo deputado federal Marcel Van Hattem (Novo) em novembro de 2022, visa investigar possíveis violações de direitos, censura e abusos de autoridade cometidos por integrantes dos tribunais superiores.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) declarou que pedirá acesso aos materiais mencionados na reportagem da Folha de S.Paulo para subsidiar a CPI. Van Hattem reforçou a urgência da investigação, afirmando que a CPI é “inadiável”. Segundo a reportagem, os relatórios em questão teriam sido utilizados por Moraes para fundamentar decisões contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito das “fake news” e das “milícias digitais”.

O requerimento para a criação da CPI alega abusos de autoridade em ações como buscas e apreensões em residências de empresários, bloqueios de contas bancárias de pessoas e empresas suspeitas de financiar atos antidemocráticos, além de censura a figuras públicas e veículos de comunicação. O documento já conta com 181 assinaturas de deputados.

Além disso, a senadora Damares Alves (Republicanos) anunciou que o senador Eduardo Girão (Novo) pretende entrar com um pedido de impeachment contra Moraes, sugerindo que o ministro renuncie “pelo bem da democracia”. Uma coletiva de imprensa foi marcada para quarta-feira, 14 de agosto, às 16h, para discutir os detalhes do pedido.

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