Após saída de número 2 da Abin, Lula demite 4 diretores da agência
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu mais quatro diretores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e nomeou sete novos diretores após a exoneração do diretor-adjunto Alessandro Moretti, envolvido em um suposto esquema de espionagem ilegal. O presidente expressou preocupação antes da demissão de Moretti, destacando seu envolvimento no esquema apurado pela Polícia Federal. A investigação aponta para a suspeita de espionagem pela Abin, rastreando celulares de autoridades, incluindo políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal.
A demissão de Alessandro Moretti resultou na exoneração de outros quatro diretores, além da nomeação de Marco Aurélio Chaves Cepik como “número 2” da agência. Lula nomeou ainda sete novos diretores, cujos nomes não foram divulgados.
A Polícia Federal está investigando o suposto esquema de espionagem, que envolveu aproximadamente 33.000 acessos de localização a celulares de autoridades ao longo de meses. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que há “provas inequívocas” da existência do esquema dentro da Abin, remontando a dois ou três anos. A PF também mirou o vereador Carlos Bolsonaro como beneficiário e possível articulador do esquema.
As mudanças na direção da Abin ocorreram em meio a uma série de acontecimentos relacionados à investigação, incluindo a demissão do diretor-adjunto, operações da PF e críticas de diferentes setores políticos.