Argentina: Bolsa despenca, dólar blue sobe e opera acima de mil pesos e títulos caem após 1º turno das eleições

Argentina: Bolsa despenca, dólar blue sobe e opera acima de mil pesos e títulos caem após 1º turno das eleições

O mercado argentino reagiu fortemente nesta segunda-feira ao resultado do primeiro turno das eleições presidenciais. O ministro da Economia, Sergio Massa, teve um desempenho melhor do que o previsto, surpreendendo os especialistas ao obter quase 37% dos votos. Isso levou a um segundo turno entre Massa e o segundo colocado, Javier Milei, que obteve 30% de apoio.

O resultado não agradou os investidores, e isso se refletiu em vários indicadores. A cotação do dólar subiu, chegando a 365,50 pesos argentinos no câmbio oficial e 1.075 pesos argentinos no câmbio paralelo, conhecido como dólar blue. Os títulos do Tesouro argentino também sofreram queda, com o vencimento em 2035 perdendo valor. As ações argentinas tiveram desempenho negativo, com quedas significativas em empresas como a petrolífera YPF e a Cresud.

Apesar da queda, as ações cotadas em pesos argentinos que compõem o índice Merval ainda acumulam um ganho de mais de 260% no ano, impulsionadas pela expectativa de uma mudança na direção política. Os investidores locais também têm buscado o mercado de ações como forma de proteção contra a alta inflação.

Os analistas observam que a força dos peronistas, mesmo em meio a uma grave crise econômica, levou a um segundo turno polarizado. O desempenho surpreendente de Massa afeta as avaliações de ativos, uma vez que a candidata favorável ao mercado, Patricia Bullrich, está fora da corrida. Agora, tanto Massa quanto Milei precisam conquistar os eleitores de Bullrich para garantir a vitória.

A Levante Corp destaca que a votação de Massa na Província de Buenos Aires foi um ponto de destaque, dada a importância dessa região para o desfecho das eleições. Os analistas também apontam que, no curto prazo, o resultado do primeiro turno deve ter um impacto negativo, dada a inesperada liderança kirchnerista e a situação econômica delicada associada aos governos peronistas anteriores.

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