Argentina de Milei Inicia Leilão de Imóveis Públicos e Põe Fim a “Cargos Hereditários”
Governo lança série de ações para enxugar a máquina pública e gerar receita com vendas de propriedades estatais
Em um movimento para reduzir gastos e otimizar o uso de recursos, o governo de Javier Milei anunciou na última sexta-feira (25) o leilão de 400 imóveis estatais e a venda de 800 propriedades. A expectativa é que as vendas, incluindo bens confiscados de ações contra a corrupção e o tráfico de drogas, arrecadem cerca de US$ 800 mil, aliviando as finanças do país.
Os imóveis, que vão desde terrenos a prédios em diversas regiões da Argentina, estavam, segundo a Casa Rosada, subutilizados ou acumulando custos altos de manutenção. Entre os edifícios a serem leiloados está o antigo Ministério das Mulheres, Gênero e Diversidade, avaliado em mais de US$ 12,5 milhões. O governo defende que muitos desses espaços têm áreas pouco aproveitadas e representam um peso financeiro devido à necessidade de segurança.
Além da venda de imóveis, o governo estabeleceu o fim dos chamados “cargos hereditários” no setor público, que permitiam a familiares de funcionários falecidos ocuparem suas posições em instituições como o Banco Central e a Administração Nacional da Segurança Social (Anses). O porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, considerou o benefício um “privilégio de sangue” e um resquício da velha política.
Enquanto sindicatos defendem o direito como um amparo econômico para famílias em caso de falecimento de servidores, o decreto governamental visa romper com práticas consideradas ultrapassadas e ajustar o funcionalismo público ao que o governo Milei classifica como uma nova era de eficiência. A Casa Rosada informou que os leilões devem ser publicados progressivamente até o fim do ano, marcando uma fase de reestruturação e corte de privilégios na administração pública.
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