Argentina encolhe 8% e Milei faz show de rock: “sou o rei de um mundo perdido”
Economia teve queda de 8,4% no mês de março, o quinto seguido de retração
Na manhã desta quinta-feira (23), foi anunciado que a economia do país encolheu 8,4% em março. Determinado a fazer o que for necessário para livrar o país dos vícios econômicos que o levaram à ruína, Milei enfrenta agora um agravamento no curto prazo. A grande questão para analistas e investidores em Buenos Aires e arredores é por quanto tempo a “música” da gestão de Milei poderá continuar sem mudar o ritmo.
Este foi o quinto mês consecutivo de queda econômica, a mais acentuada desde 2020, de acordo com a Reuters. O resultado foi pior do que a queda de 6,9% prevista por analistas em uma pesquisa da agência de notícias, ressaltando o impacto das políticas de austeridade de Milei desde que assumiu o cargo em dezembro de 2023.
Milei iniciou uma severa campanha de austeridade para reduzir a crescente pobreza e a inflação anual, que está próxima de 300%. Nove setores apresentaram declínios na comparação anual, com a construção liderando a queda com 29,9%, seguida pela indústria manufatureira com uma redução de 19,6%, conforme dados da agência de estatísticas INDEC da Argentina.
Os indicadores de atividade econômica são considerados preditores úteis dos possíveis resultados do Produto Interno Bruto (PIB). A queda em março segue reduções anuais de 3,0% em fevereiro e 4,1% em janeiro. No acumulado do ano até março, a atividade econômica da Argentina caiu 5,3%.