
“Artistas Militantes Defendem Regulação da IA no Senado, Mas Estão Realmente Preocupados com os Direitos Autorais?
A presença de artistas alinhados ao governo Lula levanta questões sobre o verdadeiro interesse por trás do apoio ao projeto de lei da Inteligência Artificial.
Na última terça-feira (10), um grupo de artistas com forte vínculo político e apoio ao governo Lula esteve no Senado para defender a regulamentação da Inteligência Artificial (IA) no Brasil. Entre eles, nomes como Paula Lima, Paula Lavigne, Paula Fernandes, Paulo Betti, Otto, Marina Sena e Kel Smith, conhecidos por suas posturas políticas, se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antes da votação do projeto de lei.

O projeto visa criar um Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA), com o objetivo de supervisionar o uso da tecnologia no país. Contudo, enquanto as grandes empresas de tecnologia travaram batalhas para suavizar os pontos mais polêmicos, os artistas, que se dizem preocupados com os direitos autorais, parecem mais focados em defender interesses próprios, especialmente no que tange ao setor musical e cultural.
A cantora e ativista Paula Lavigne, presidente da Associação Procure Saber, foi uma das vozes mais destacadas, declarando que a IA traz grandes riscos para os direitos autorais. Mas a pergunta que fica é: esses artistas realmente estão preocupados com a proteção dos direitos autorais ou estão apenas se aproveitando da oportunidade para fortalecer suas posições políticas e ideológicas? Afinal, o apoio à regulamentação da IA, neste contexto, parece mais uma jogada estratégica do que uma verdadeira defesa da cultura e da liberdade artística.
A proposta, por outro lado, estabelece que conteúdos protegidos por direitos autorais podem ser usados em pesquisas acadêmicas e jornalísticas, desde que de maneira legítima e sem fins comerciais. Mas em um cenário onde grandes nomes da cultura brasileira se mostram alinhados com o governo e com os interesses de setores poderosos, como as big techs, será que o foco real está em proteger os direitos dos artistas, ou em garantir uma boa fatia do financiamento público, como o que aconteceu com a liberação de milhões via Lei Rouanet?