Assassinato de jornalista, perseguição de mulheres, proibição de igrejas: conheça o ditador árabe com quem Lula se reunirá
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Riad, capital da Arábia Saudita, para uma reunião com a realeza do país, incluindo o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman, que, aos 37 anos, enfrenta acusações graves, como o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018, intolerância religiosa e a imposição de um apartheid contra mulheres e homossexuais.
A visita de Lula à Arábia Saudita busca fortalecer os laços entre o Brasil e o mundo árabe e precede sua participação na conferência mundial sobre o clima (COP28) em Dubai. Essa não é a primeira vez que as relações entre Brasil e Arábia Saudita são destacadas, sendo lembrada a doação de joias e presentes caros feitos pelo regime de bin Salman ao ex-presidente Jair Bolsonaro no início do ano.
Mohammad bin Salman é o primeiro na linha de sucessão ao trono e assumiu como primeiro-ministro em setembro do ano passado. As acusações contra ele incluem o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, conforme apontado por um relatório da Inteligência dos Estados Unidos em 2021, que concluiu que Salman aprovou uma operação para “capturar ou matar o jornalista”.
Além disso, bin Salman é acusado de cumplicidade em tortura e tratamento desumano no Iêmen, devido aos bombardeios liderados pela Arábia Saudita que atingiram e mataram civis. Apesar dessas acusações, o governo de Salman mantém uma aliança com o Ocidente, sendo aliado estratégico em alguns contextos geopolíticos.