Associação de magistrados justifica tiro na cabeça de sargento da PM: ‘Fruto da desigualdade social’
A Associação de Magistrados Mineiros (Amagis) emitiu uma declaração sobre o incidente envolvendo o sargento Roger Dias, da PM, baleado duas vezes na cabeça durante uma perseguição em Belo Horizonte. A Amagis justificou o ataque, atribuindo-o à desigualdade social e à falta de oportunidades de trabalho lícito para egressos do sistema prisional.
A organização afirmou que o atentado reflete a sociedade atual, marcada pela violência, armamento e intolerância. O comunicado destacou a necessidade de enfrentar as verdadeiras causas da violência urbana, como a desigualdade social, a falta de oportunidades de emprego para ex-detentos e a ausência de perspectivas para muitas pessoas.
A Amagis criticou comentários dissociados da realidade, defendendo que a concessão de benefícios legais não pode ser vinculada à tragédia. A entidade destacou que o acusado estava no regime semiaberto, tinha permissão para trabalhar diariamente desde novembro de 2023 e não possuía falta grave em seu histórico carcerário.
A Justiça, seguindo as normas estabelecidas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), transformou a prisão em flagrante dos criminosos em prisão preventiva. A Amagis enfatizou que a lei brasileira permite até cinco saídas temporárias por ano.
Os agressores do sargento foram identificados como Welbert de Souza Fagundes, que estava cumprindo pena em regime semiaberto desde agosto de 2023, e Geovanni Faria de Carvalho, que obteve liberdade temporária por meio de um alvará concedido pela Justiça. Ambos foram submetidos à audiência de custódia, resultando na prisão preventiva.
O comunicado da Amagis concluiu abordando a situação de Roger Dias, que foi atingido por três disparos e teve seu estado de saúde considerado irreversível. A organização ressaltou que a morte cerebral do sargento ainda não foi oficialmente declarada pelo hospital.
Em resumo, a declaração da Amagis busca contextualizar o incidente, relacionando-o a questões sociais como desigualdade e falta de oportunidades, enquanto também esclarece detalhes jurídicos sobre a situação dos agressores.