Ataque israelense em hospital mata líder político do Hamas e reacende debate sobre crimes de guerra

Ataque israelense em hospital mata líder político do Hamas e reacende debate sobre crimes de guerra

Ismail Barhoum foi morto em bombardeio ao Hospital Nasser, em Gaza; Israel alega que ele usava a estrutura para fins militares, enquanto palestinos afirmam que ele estava em tratamento médico

O Exército de Israel confirmou, nesta segunda-feira (24), a morte de Ismail Barhoum, integrante do gabinete político do Hamas, durante um bombardeio contra o Hospital Nasser, em Khan Younis, no sul de Gaza. O ataque ocorreu no domingo, em meio à intensificação da ofensiva israelense na região.

Os militares israelenses afirmam que Barhoum “trabalhava” no hospital e era responsável por administrar o financiamento do Hamas, enquanto fontes palestinas dizem que ele estava internado para receber tratamento médico após sobreviver a um bombardeio contra sua casa dias antes.

O ataque resultou na morte de pelo menos cinco pessoas e deixou vários feridos, incluindo profissionais de saúde. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que, desde a retomada dos bombardeios na semana passada, cerca de 730 pessoas já foram mortas no enclave.

Bombardeios contra hospitais: estratégia militar ou violação do direito internacional?

A morte de Barhoum reacendeu o debate sobre os ataques israelenses a hospitais e outras infraestruturas civis. Israel acusa o Hamas de utilizar instalações médicas como bases operacionais e escudos humanos, enquanto grupos de direitos humanos denunciam as ações como crimes de guerra e violações flagrantes do direito internacional.

Apesar da justificativa israelense de que munições de precisão foram usadas para minimizar os danos ao hospital, parte da estrutura ficou destruída, e vídeos registrados no local mostram pessoas tentando apagar incêndios após a explosão.

Além do ataque ao Hospital Nasser, o Exército israelense abriu uma investigação sobre a demolição do Hospital Turco, no centro de Gaza, que teria ocorrido sem autorização do alto comando. Embora a unidade estivesse inativa desde o início da guerra, ainda era considerada uma infraestrutura protegida.

A escalada da violência em Gaza continua a levantar preocupações sobre o impacto humanitário do conflito e a legalidade das ações militares de Israel.

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